A somar às incertezas políticas, designadamente no que diz respeito à governabilidade do país, acrescem dificuldades de natureza económica e social como a escassez de investimento, também investimento público, o aumento do desemprego e o inevitável aumento do défice. Neste contexto, e não querendo raiar, de forma alguma, o catastrofismo, a verdade é que estas dificuldades são onerosas e necessitam de uma solução que ainda é desconhecida.
Em bom rigor, a actual situação na Assembleia da República vai inevitavelmente degenerar em falhanços sucessivos e culminar na tão famigerada ingovernabilidade. O teste passará pelo Orçamento de Estado e por quaisquer alterações significativas que o Governo levar à discussão no Parlamento. Paralelamente, os problemas de natureza económica não serão resolvidos ou atenuados com a rapidez que seria necessária. Refira-se que a crise que já dá sinais de enfraquecimento vai chegar ao seu fim, mas grande parte das dificuldades do nosso país manter-se-ão. Sucintamente, o país continua a seguir um modelo de desenvolvimento económico e social que empobrece e a resiliência e o constante adiamento de reformas na Administração Pública e na Justiça são também responsáveis pelo nosso atraso e pelas referidas dificuldades. Além disso, o Governo que foi agora reeleito cometeu erros crassos na Educação, designadamente com a introdução de políticas com objectivo dúplice: por um lado melhorar as estatísticas, artificialmente é certo, abdicando-se por completo da qualidade de ensino, e por outro, poupar, poupar, poupar. Hoje as escolas públicas perdem exponencialmente em relação às privadas e contribui-se para uma das maiores desigualdades sociais - quem tem dinheiro tem direito a qualidade, quem não tem dinheiro, terá que contentar-se com as soluções de recurso. É igualmente desta forma que se condena o país ao falhanço.
Deste modo, impõe-se uma outra solução para o país. A verdade é que se está a criar um país de pobres, dependentes de subsídios; um país avesso ao risco, contrário aos incentivos, dependente, sempre dependente do Estado. O grande problema prende-se com a insustentabilidade desta situação, problema que não preocupa quem governa sempre a prazo (geralmente durante quatro anos) e tão-pouco tem no horizonte o futuro do país.
A pergunta que se impõe agora é a seguinte: como é que se vai resolver um problema de défice excessivo (há quem aponte para seis porcento), depois de acabar a tolerância da UE, consequência da crise internacional? E, por outro lado, até quando vamos adiar o que é preciso fazer na Justiça, Educação e Administração Pública? E porque não esclarecer os portugueses a propósito do endividamento do país? Agora, não há propaganda que salve este Executivo.
Em bom rigor, a actual situação na Assembleia da República vai inevitavelmente degenerar em falhanços sucessivos e culminar na tão famigerada ingovernabilidade. O teste passará pelo Orçamento de Estado e por quaisquer alterações significativas que o Governo levar à discussão no Parlamento. Paralelamente, os problemas de natureza económica não serão resolvidos ou atenuados com a rapidez que seria necessária. Refira-se que a crise que já dá sinais de enfraquecimento vai chegar ao seu fim, mas grande parte das dificuldades do nosso país manter-se-ão. Sucintamente, o país continua a seguir um modelo de desenvolvimento económico e social que empobrece e a resiliência e o constante adiamento de reformas na Administração Pública e na Justiça são também responsáveis pelo nosso atraso e pelas referidas dificuldades. Além disso, o Governo que foi agora reeleito cometeu erros crassos na Educação, designadamente com a introdução de políticas com objectivo dúplice: por um lado melhorar as estatísticas, artificialmente é certo, abdicando-se por completo da qualidade de ensino, e por outro, poupar, poupar, poupar. Hoje as escolas públicas perdem exponencialmente em relação às privadas e contribui-se para uma das maiores desigualdades sociais - quem tem dinheiro tem direito a qualidade, quem não tem dinheiro, terá que contentar-se com as soluções de recurso. É igualmente desta forma que se condena o país ao falhanço.
Deste modo, impõe-se uma outra solução para o país. A verdade é que se está a criar um país de pobres, dependentes de subsídios; um país avesso ao risco, contrário aos incentivos, dependente, sempre dependente do Estado. O grande problema prende-se com a insustentabilidade desta situação, problema que não preocupa quem governa sempre a prazo (geralmente durante quatro anos) e tão-pouco tem no horizonte o futuro do país.
A pergunta que se impõe agora é a seguinte: como é que se vai resolver um problema de défice excessivo (há quem aponte para seis porcento), depois de acabar a tolerância da UE, consequência da crise internacional? E, por outro lado, até quando vamos adiar o que é preciso fazer na Justiça, Educação e Administração Pública? E porque não esclarecer os portugueses a propósito do endividamento do país? Agora, não há propaganda que salve este Executivo.
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