O debate televisivo entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro foi genericamente morno e inconsequente, excepção feita às afirmações da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, sobre o TGV e a prevalência dos interesses espanhóis em detrimento dos interesses nacionais. As afirmações da líder do PSD foram polémicas e estão a dar azo à proliferação de críticas que recaem sobre as palavras desta forte candidata ao lugar de primeira-ministra. A Presidente do PSD tem razão numa questão de fundo que se prende com os elevados níveis de endividamento do país. Mas ao invés de enfatizar a forte possibilidade do endividamento se tornarinsustentável e da necessidade urgente do país passar a produzir mais bens e serviços transaccionáveis, Manuela Ferreira Leite perde-se em minudências e acaba por cair na polémica, pese embora a importância que as autoridades políticas espanholas estão a dar ao assunto do TGV reforce a ideia que Ferreira Leite procurou passar, ou seja, que os espanhóis têm interesses até agora pouco divulgados na concretização do TGV.
Não deixam de ter razão aqueles que defendem a tese segundo a qual não se pode assinar compromissos com países estrangeiros para não cumprir. Mas também é verdade que a situação de endividamento do país raia a insustentabilidade e exige medidas de excepção. Se colocarmos na balança o que pesará mais, estou certa que se trata do endividamento do país e do interesse nacional.
Ora, a controvérsia em torno desta questão tem a sua razão de ser, mas também se enquadra num claro contexto de troca de acusações entre os dois maiores partidos do espectro político português, anulando a possibilidade do país assistir a um verdadeiro confronto de ideias. Aliás, a o factor que mais se destaca neste período pré-eleitoral prende-se precisamente com a ausência escandalosa de ideias aliada à inexistência de um debate sobre soluções para o país. Sai o país a perder, saem os eleitores a perder, sem uma possibilidade real de clarificação e esclarecimentos e sai a própria democracia a perder.
Não deixam de ter razão aqueles que defendem a tese segundo a qual não se pode assinar compromissos com países estrangeiros para não cumprir. Mas também é verdade que a situação de endividamento do país raia a insustentabilidade e exige medidas de excepção. Se colocarmos na balança o que pesará mais, estou certa que se trata do endividamento do país e do interesse nacional.
Ora, a controvérsia em torno desta questão tem a sua razão de ser, mas também se enquadra num claro contexto de troca de acusações entre os dois maiores partidos do espectro político português, anulando a possibilidade do país assistir a um verdadeiro confronto de ideias. Aliás, a o factor que mais se destaca neste período pré-eleitoral prende-se precisamente com a ausência escandalosa de ideias aliada à inexistência de um debate sobre soluções para o país. Sai o país a perder, saem os eleitores a perder, sem uma possibilidade real de clarificação e esclarecimentos e sai a própria democracia a perder.
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