A intervenção militar no Afeganistão tem sido alvo de críticas que têm subido de tom, desta vez foi a vez dos deputados britânicos criticarem não tanto a intervenção propriamente dita, mas ainda assim manifestaram o seu desagrado com a forma como essa intervenção tem sido levada a cabo. Genericamente, ninguém pode estar satisfeito com os resultados da intervenção: o número de vítimas civis não cessa de aumentar, o mesmo se tem passado com as baixas entre os militares e polícias. Paralelamente, a ameaça talibã nunca desapareceu, pelo contrário, tem vindo a recrudesceder e o tráfico de droga é uma realidade indiscutível do país.
Nestas circunstâncias, muitas críticas que têm sido feitas à intervenção militar no Afeganistão tem o seu fundamento, não tanto às causas, mas sim em relação à forma. Aliás, é consensual que a intervenção militar por si só é insuficiente, são necessárias medidas complementares de reconstrução de um país que nas últimas décadas não conhece outra realidade que não passe pela guerra, designadamente medidas que contribuam para uma melhoria significativa do bem-estar dos afegãos.
Todavia, é mais difícil concordar com as críticas aos fundamentos da intervenção. Deixar o Afeganistão cair nas mãos daqueles que impõe um radicalismo inaudito e que professam e defendem o terrorismo será um erro crasso pelo qual, mais cedo ou mais tarde, pagaremos. Uma retirada do terreno não é, pois, viável, sob pena de se criar as condições ao ressurgimento e domínio dos talibãs.
É evidente que o Afeganistão constitui um sério problema que tem de ser resolvido não apenas pelos Estados Unidos, mas por todos os que pretendam pôr um fim ao terrorismo. A multiplicidade étnica, o tráfico de droga, a pobreza e analfabetismo, as péssimas condições de vida da generalidade dos afegãos e a ingerência de países como o Paquistão ou Arábia Saudita constituem verdadeiros óbices a qualquer tentativa de estabilizar a região. Por conseguinte, importa perceber que a intervenção militar visa combater a ameaça talibã, mas dificilmente resolve, só por si, os problemas enumerados anteriormente, embora contribua para a tão necessária estabilidade do país. Dito de outro modo, é decisivo que se contemplem medidas paralelas à intervenção militar no Afeganistão.
Nestas circunstâncias, muitas críticas que têm sido feitas à intervenção militar no Afeganistão tem o seu fundamento, não tanto às causas, mas sim em relação à forma. Aliás, é consensual que a intervenção militar por si só é insuficiente, são necessárias medidas complementares de reconstrução de um país que nas últimas décadas não conhece outra realidade que não passe pela guerra, designadamente medidas que contribuam para uma melhoria significativa do bem-estar dos afegãos.
Todavia, é mais difícil concordar com as críticas aos fundamentos da intervenção. Deixar o Afeganistão cair nas mãos daqueles que impõe um radicalismo inaudito e que professam e defendem o terrorismo será um erro crasso pelo qual, mais cedo ou mais tarde, pagaremos. Uma retirada do terreno não é, pois, viável, sob pena de se criar as condições ao ressurgimento e domínio dos talibãs.
É evidente que o Afeganistão constitui um sério problema que tem de ser resolvido não apenas pelos Estados Unidos, mas por todos os que pretendam pôr um fim ao terrorismo. A multiplicidade étnica, o tráfico de droga, a pobreza e analfabetismo, as péssimas condições de vida da generalidade dos afegãos e a ingerência de países como o Paquistão ou Arábia Saudita constituem verdadeiros óbices a qualquer tentativa de estabilizar a região. Por conseguinte, importa perceber que a intervenção militar visa combater a ameaça talibã, mas dificilmente resolve, só por si, os problemas enumerados anteriormente, embora contribua para a tão necessária estabilidade do país. Dito de outro modo, é decisivo que se contemplem medidas paralelas à intervenção militar no Afeganistão.
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