Instalou-se a polémica no processo de escolha das listas de deputados do PSD para as próximas eleições. Os factos mais polémicos prendem-se com a exclusão de Pedro Passos Coelho, com a existência de nomes como António Preto e Helena Lopes da Costa que estão envolvidos em processos judiciais e a inclusão de Maria José Nogueira Pinto (ex-CDS-PP). As divisões no seio do partido voltaram a ser as verdadeiras protagonistas deste processo de escolha.
Na verdade, estas divisões revelam que mais do que o interesse do país, o que vale são interesses pessoais ou de pequenos grupos de interesse que são escolhidos ou afastados de uma lista proposta pelo PSD, não tanto pela competência e pelatransparência (veja-se o caso das escolhas de políticos envolvidos em processos judiciais). As quezílias dos partidos são o que menos interessa aos portugueses, sendo mesmo exasperante assistir a confrontos não centrados em ideias, mas sim em pessoas e nos seus interesses. E também é verdade que o PSD ainda está longe de convencer os eleitores - não existe um programa político, as propostas são avulsas e pouco enquadradas e a líder tem uma queda natural para fazer hoje uma afirmação e amanhã contrapor com o seu contrário.
Os problemas do país, esses, vão ficando para segundo plano, entalados entre a inexistência de ideais e a procura de protagonismo. Dir-me-ão que é natural que existam confrontos internos, e que a política também é feita de oposição. É verdade e é saudável que assim seja. Mas também é verdade que esses confrontos devem basear-se na troca de ideias e na refutação das mesmas e não nos espectáculos de oportunistas a que temos assistido.
Mais uma vez é a própria democracia que sai prejudicada, designadamente na confiança que os cidadãos têm vindo paulatinamente a perder nas suas instituições democráticas.
Na verdade, estas divisões revelam que mais do que o interesse do país, o que vale são interesses pessoais ou de pequenos grupos de interesse que são escolhidos ou afastados de uma lista proposta pelo PSD, não tanto pela competência e pelatransparência (veja-se o caso das escolhas de políticos envolvidos em processos judiciais). As quezílias dos partidos são o que menos interessa aos portugueses, sendo mesmo exasperante assistir a confrontos não centrados em ideias, mas sim em pessoas e nos seus interesses. E também é verdade que o PSD ainda está longe de convencer os eleitores - não existe um programa político, as propostas são avulsas e pouco enquadradas e a líder tem uma queda natural para fazer hoje uma afirmação e amanhã contrapor com o seu contrário.
Os problemas do país, esses, vão ficando para segundo plano, entalados entre a inexistência de ideais e a procura de protagonismo. Dir-me-ão que é natural que existam confrontos internos, e que a política também é feita de oposição. É verdade e é saudável que assim seja. Mas também é verdade que esses confrontos devem basear-se na troca de ideias e na refutação das mesmas e não nos espectáculos de oportunistas a que temos assistido.
Mais uma vez é a própria democracia que sai prejudicada, designadamente na confiança que os cidadãos têm vindo paulatinamente a perder nas suas instituições democráticas.
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