José Sócrates contratou a empresa responsável pela campanha eleitoral, na internet, de Barack Obama. A ideia é simples: utilizar recursos e estratégias que tão bons resultados produziram no outro lado do atlântico para dar uma nova dinâmica a uma campanha que não começou oficialmente mas que na prática encontra-se em pleno curso. O facto de se tratar da mesma empresa que foi responsável pela imagem de Obama nainternet poderá, considerá certamente o primeiro-ministro e os seus conselheiros, dar um forte contributo para o melhoramento da imagem do primeiro-ministro.
Um pouco por todo o mundo assistimos a tentativas por parte de políticos, e não só, de usarem a imagem, o nome ou a equipa de Obama para tentar conseguir vantagens. No caso do primeiro-ministro a questão é um pouco diferente: a suposta modernidade que é a pedra angular das políticas do primeiro-ministro e da sua forma de se mostrar ao eleitorado, mais não é do que um recurso utilizado por outros políticos para escamotear as questões verdadeiramente importantes. No espesso manto da modernidade, não há condições para a substância das políticas, a troca de ideias e as discussões aprofundadas poderem germinar. O actual primeiro-ministro nunca passou além da imagem (de modernidade).
Um político que aposta tudo na imagem de modernidade, ignorando deliberadamente que política é essencialmente dialéctica, não está a fazer mais do que muitos exigem dos seus políticos - o reinado da forma em detrimento da substância. E não se trata apenas de uma questão de estilo e, por conseguinte, uma questão subjectiva. Trata-se afinal de alguém que se propõe ser representante dos interesses dos cidadãos a quem se deve exigir mais do que o mero apuramento da imagem.
Sócrates está nos antípodas de Obama que tem mostrado ter um projecto político para os EUA (e não se trata apenas de um conjunto de soluções para a crise), tem conseguido melhorar radicalmente a imagem dos Estados Unidos no resto do mundo e vai conseguindo aplicar as políticas que foram enunciadas na sua campanha eleitoral. Note-se que a grande diferença entre os dois é que Obama tem substância, tem muito mais do que apenas uma boa imagem, como aquela que o primeiro-ministro procura, trabalhada com toda a minúcia. Não é seguramente com a contratação da empresa responsável pela campanha de Obama que José Sócrates se vai aproximar daquele que é o Presidente dos Estados Unidos. Se isso vai contribuir positivamente para as aspirações do primeiro-ministro, só o futuro o dirá. Mas a avaliar por tanta inanidade que por aí anda, o primeiro-ministro até tem boas hipóteses.
Um pouco por todo o mundo assistimos a tentativas por parte de políticos, e não só, de usarem a imagem, o nome ou a equipa de Obama para tentar conseguir vantagens. No caso do primeiro-ministro a questão é um pouco diferente: a suposta modernidade que é a pedra angular das políticas do primeiro-ministro e da sua forma de se mostrar ao eleitorado, mais não é do que um recurso utilizado por outros políticos para escamotear as questões verdadeiramente importantes. No espesso manto da modernidade, não há condições para a substância das políticas, a troca de ideias e as discussões aprofundadas poderem germinar. O actual primeiro-ministro nunca passou além da imagem (de modernidade).
Um político que aposta tudo na imagem de modernidade, ignorando deliberadamente que política é essencialmente dialéctica, não está a fazer mais do que muitos exigem dos seus políticos - o reinado da forma em detrimento da substância. E não se trata apenas de uma questão de estilo e, por conseguinte, uma questão subjectiva. Trata-se afinal de alguém que se propõe ser representante dos interesses dos cidadãos a quem se deve exigir mais do que o mero apuramento da imagem.
Sócrates está nos antípodas de Obama que tem mostrado ter um projecto político para os EUA (e não se trata apenas de um conjunto de soluções para a crise), tem conseguido melhorar radicalmente a imagem dos Estados Unidos no resto do mundo e vai conseguindo aplicar as políticas que foram enunciadas na sua campanha eleitoral. Note-se que a grande diferença entre os dois é que Obama tem substância, tem muito mais do que apenas uma boa imagem, como aquela que o primeiro-ministro procura, trabalhada com toda a minúcia. Não é seguramente com a contratação da empresa responsável pela campanha de Obama que José Sócrates se vai aproximar daquele que é o Presidente dos Estados Unidos. Se isso vai contribuir positivamente para as aspirações do primeiro-ministro, só o futuro o dirá. Mas a avaliar por tanta inanidade que por aí anda, o primeiro-ministro até tem boas hipóteses.
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