O primeiro-ministro e secretário-geral do PS respondeu, ontem em Braga, à líder do PSD que criticou mais um anúncio de ajuda aos mais pobres. A esta resposta não é alheio o facto do PSD ainda não ter um programa eleitoral, prometido para o final do mês. As propostas do líder do PS vão na linha daquilo que tem sido o cerne das políticas do Governo: apoios para combater o acentuado nível de empobrecimento de muitos portugueses, mas sem propostas claras para prevenir esse empobrecimento. O facto de se pagar a uma família para que o jovem conclua o 12º. ano é uma forma artificial de se promover o desenvolvimento dos recursos humanos do país.
O PSD, por sua vez, tem atrasado a divulgação do seu programa eleitoral. As razões que poderão eventualmente estar subjacentes a esse atraso não serãoindissociáveis da dificuldade que o PSD está a sentir em distanciar-se do PS, embora eu considere que, analisado ponto a ponto, é perfeitamente possível encontrar diferenças de fundo entre os dois partidos. Aliás, as políticas de Educação, Justiça, e o próprio modelo de desenvolvimento podem ser distintos daqueles que têm vindo a advogados pelo PS.
Convém ao PSD que exponha com alguma celeridade o seu programa eleitoral precisamente para se distanciar de muitas das políticas do actual Governo e para cessar a rotina que se está a instalar de críticas avulsas sem propostas alternativas. A demora de apresentação desse programa eleitoral pode ser prejudicial para o PSD que pouco mais tem para contrapor o rol de propostas do PS que se traduzem invariavelmente em apoios sociais do que frases polémicas como "rasgar políticas do Governo." Urge por conseguinte uma estratégia do PSD baseada em linhas orientadoras de um programa político. Contrariamente àquilo que se tem dito, não creio que a única diferença entre PS e PSD seja as personalidades que estão à frente dos dois maiores partidos portugueses. E não obstante a proximidade ideológica do socialismo de José Sócrates e a social-democracia de Manuela Ferreira Leite, há formas distintas de se dar viabilidade ao país e caminhos alternativos ao constante empobrecimento de Portugal e dos portugueses e é isso mesmo que muitos esperam do PSD.
Entretanto no PS já se assiste à distribuição de lugares, ou de elaboração de listas do partido às legislativas. Um espectáculo que, amiúde, raia o deplorável.
O PSD, por sua vez, tem atrasado a divulgação do seu programa eleitoral. As razões que poderão eventualmente estar subjacentes a esse atraso não serãoindissociáveis da dificuldade que o PSD está a sentir em distanciar-se do PS, embora eu considere que, analisado ponto a ponto, é perfeitamente possível encontrar diferenças de fundo entre os dois partidos. Aliás, as políticas de Educação, Justiça, e o próprio modelo de desenvolvimento podem ser distintos daqueles que têm vindo a advogados pelo PS.
Convém ao PSD que exponha com alguma celeridade o seu programa eleitoral precisamente para se distanciar de muitas das políticas do actual Governo e para cessar a rotina que se está a instalar de críticas avulsas sem propostas alternativas. A demora de apresentação desse programa eleitoral pode ser prejudicial para o PSD que pouco mais tem para contrapor o rol de propostas do PS que se traduzem invariavelmente em apoios sociais do que frases polémicas como "rasgar políticas do Governo." Urge por conseguinte uma estratégia do PSD baseada em linhas orientadoras de um programa político. Contrariamente àquilo que se tem dito, não creio que a única diferença entre PS e PSD seja as personalidades que estão à frente dos dois maiores partidos portugueses. E não obstante a proximidade ideológica do socialismo de José Sócrates e a social-democracia de Manuela Ferreira Leite, há formas distintas de se dar viabilidade ao país e caminhos alternativos ao constante empobrecimento de Portugal e dos portugueses e é isso mesmo que muitos esperam do PSD.
Entretanto no PS já se assiste à distribuição de lugares, ou de elaboração de listas do partido às legislativas. Um espectáculo que, amiúde, raia o deplorável.
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