O Governo parece recuar na intenção de executar grandes investimentos públicos, adiando para a próxima legislatura o ónus das grandes decisões. O TGV foi a primeira grande baixa confirmada. A líder do maior partido da oposição, Manuela Ferreira Leite acaba por conseguir aqui uma importante vitória, depois de meses de críticas ao plano do Governo para a saída da crise apoiado em colossais investimentos públicos. A Presidente do PSD insistiu na importância do apoio às pequenas e médias empresas como eixo do plano para sair da crise, ao invés da aposta do Governo no investimento público em grandes obras.
Na passada semana, os mais reputados economistas portugueses juntaram-se num apelo para que se reequacione este plano do Governo. Para além de muitas dúvidas em relação ao custo/benefício destas obras, juntaram-se argumentos postulam a inutilidade e ausência de rentabilidade de alguns dos investimentos como é o caso das autoestradas e o agravamento do já preocupante endividamento do país. Depois deste apelo e da conjuntura diferente daquela na qual os projectos foram elaborados, não restou ao Governo outra hipótese que não passasse pelo adiamento destas importantes decisões.
Todavia, os grandes investimentos em obras de regime eram a pedra angular do plano do Executivo de José Sócrates para a recuperação da economia. E agora? O que resta ao Governo para combater os efeitos da crise internacional? As manifestamente escassas linhas de crédito às empresas? A aposta propagandista na formação dos portugueses, numa mescla de mediocridade da formação e de pseudo-modernidade inconsequente na distribuição de computadores? Uma mexida na carga fiscal está seguramente posta de parte agora que se sabe a quebra assinalável da receita de impostos nos primeiros cinco meses do ano. O que resta ao Governo que continua a ignorar o aumento do desemprego e a dificuldade de muitas empresas, algumas delas não vão chegar a Setembro?
Resta ao Governo uma mudança de imagem do primeiro-ministro - num contexto de inanidade intelectual, a esperança reside numa mudança de imagem -, resta ao Executivo de José Sócrates continuar a distribuir algumas benesses estrategicamente distribuídas; resta ao Governo torcer para que as maiores economias europeias comecem a dar verdadeiros sinais de recuperação para que nós possamos ir a reboque dessa recuperação; resta ao Governo esperar que o Verão chegue e que com ele venha a silly season, as praias, as férias e o adiamento dos problemas para o final do Verão. Ao primeiro-ministro resta passar a imagem de saber muito bem o que quer, mas num registo de maior humildade e compreensão dos problemas dos portugueses. Infelizmente para o país o caminho para se sair da crise não é que tem sido indicado pelo actual Executivo, e o primeiro-ministro já tem pouco tempo para provar o contrário.
Na passada semana, os mais reputados economistas portugueses juntaram-se num apelo para que se reequacione este plano do Governo. Para além de muitas dúvidas em relação ao custo/benefício destas obras, juntaram-se argumentos postulam a inutilidade e ausência de rentabilidade de alguns dos investimentos como é o caso das autoestradas e o agravamento do já preocupante endividamento do país. Depois deste apelo e da conjuntura diferente daquela na qual os projectos foram elaborados, não restou ao Governo outra hipótese que não passasse pelo adiamento destas importantes decisões.
Todavia, os grandes investimentos em obras de regime eram a pedra angular do plano do Executivo de José Sócrates para a recuperação da economia. E agora? O que resta ao Governo para combater os efeitos da crise internacional? As manifestamente escassas linhas de crédito às empresas? A aposta propagandista na formação dos portugueses, numa mescla de mediocridade da formação e de pseudo-modernidade inconsequente na distribuição de computadores? Uma mexida na carga fiscal está seguramente posta de parte agora que se sabe a quebra assinalável da receita de impostos nos primeiros cinco meses do ano. O que resta ao Governo que continua a ignorar o aumento do desemprego e a dificuldade de muitas empresas, algumas delas não vão chegar a Setembro?
Resta ao Governo uma mudança de imagem do primeiro-ministro - num contexto de inanidade intelectual, a esperança reside numa mudança de imagem -, resta ao Executivo de José Sócrates continuar a distribuir algumas benesses estrategicamente distribuídas; resta ao Governo torcer para que as maiores economias europeias comecem a dar verdadeiros sinais de recuperação para que nós possamos ir a reboque dessa recuperação; resta ao Governo esperar que o Verão chegue e que com ele venha a silly season, as praias, as férias e o adiamento dos problemas para o final do Verão. Ao primeiro-ministro resta passar a imagem de saber muito bem o que quer, mas num registo de maior humildade e compreensão dos problemas dos portugueses. Infelizmente para o país o caminho para se sair da crise não é que tem sido indicado pelo actual Executivo, e o primeiro-ministro já tem pouco tempo para provar o contrário.
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