José Sócrates tem vindo a atravessar o período mais difícil da legislatura. Desde o caso "Freeport" até à derrota nas eleições europeias, o primeiro-ministro nunca tinha vivido tempos tão conturbados. Em sentido oposto, a líder do PSD surge mais confiante, com um discurso mais consolidado e recorrendo a ataques mais frequentes às negociatas do primeiro-ministro. A prova do enfraquecimento notório de José Sócrates foi o seu último debate no Parlamento, onde o primeiro-ministro visivelmente irritado e apanhado surpreendido, foi incapaz de esconder a sua irascibilidade. A resposta do primeiro-ministro à interpelação do deputado doCDS /PP Diogo Feio foi elucidativa: quando se tocou no assunto TVI, o primeiro-ministro esteve prestes a perder a cabeça e acabou por falar demais.
A derrota do PS nas últimas eleições representam a verdadeira adversidade do Governo e demonstra que o Executivo de José Sócrates perde o norte quando surgem adversidades. Depois de uma tentativa de mudar de imagem, José Sócrates mostrou no Parlamento a sua verdadeira natureza e as dificuldades que sente quando pretende entrar no campo das metamorfoses.
O actual Governo passou grosso modo por três fases: numa primeira, instalou-se a ideia do Governo reformista e empreendedor de grandes mudanças, esse famigerado ímpeto reformista rapidamente se evaporou; numa segunda fase, o primeiro-ministro apostou tudo na imagem e na propaganda, foi o período "Magalhães", deixando para segundo (ou terceiro plano?) a substância das políticas; e finalmente, o primeiro-ministro atravessa a última fase, a fase em que até a imagem falha, restando ao primeiro-ministro incorrer em metamorfoses efémeras. Esta última fase, em que o primeiro-ministro se encontra, é indubitavelmente a fase do declínio e observa-se o surgimento cada vez mais recorrente de outros políticos no seio do PS que vêm a terreiro defender a honra e as políticas do primeiro-ministro. Embora esse recurso tenha-se revelado ineficaz, dificilmente pessoas como Augusto Santos Silva vão abandonar o caminho da defesa do líder do partido e primeiro-ministro.
Manuela Ferreira Leite encontra-se numa posição contrária, catapultada pela vitória do partido nas eleições europeias. A pouco tempo das eleições legislativas, Ferreira Leite passou ter reais hipóteses de vencer as eleições, quando há não muito tempo atrás, não havia quem arriscasse um prognóstico semelhante.
A derrota do PS nas últimas eleições representam a verdadeira adversidade do Governo e demonstra que o Executivo de José Sócrates perde o norte quando surgem adversidades. Depois de uma tentativa de mudar de imagem, José Sócrates mostrou no Parlamento a sua verdadeira natureza e as dificuldades que sente quando pretende entrar no campo das metamorfoses.
O actual Governo passou grosso modo por três fases: numa primeira, instalou-se a ideia do Governo reformista e empreendedor de grandes mudanças, esse famigerado ímpeto reformista rapidamente se evaporou; numa segunda fase, o primeiro-ministro apostou tudo na imagem e na propaganda, foi o período "Magalhães", deixando para segundo (ou terceiro plano?) a substância das políticas; e finalmente, o primeiro-ministro atravessa a última fase, a fase em que até a imagem falha, restando ao primeiro-ministro incorrer em metamorfoses efémeras. Esta última fase, em que o primeiro-ministro se encontra, é indubitavelmente a fase do declínio e observa-se o surgimento cada vez mais recorrente de outros políticos no seio do PS que vêm a terreiro defender a honra e as políticas do primeiro-ministro. Embora esse recurso tenha-se revelado ineficaz, dificilmente pessoas como Augusto Santos Silva vão abandonar o caminho da defesa do líder do partido e primeiro-ministro.
Manuela Ferreira Leite encontra-se numa posição contrária, catapultada pela vitória do partido nas eleições europeias. A pouco tempo das eleições legislativas, Ferreira Leite passou ter reais hipóteses de vencer as eleições, quando há não muito tempo atrás, não havia quem arriscasse um prognóstico semelhante.
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