É sobejamente conhecida a capacidade que os políticos têm para encontrar o melhor caminho para ganhar eleições, aliás é esse o seu grande objectivo e é esse, em larga medida o seu métier. Todavia, há uma tendência cada vez maior para se resvalar para uma mediocridade disfarçada de pragmatismo. Hoje as ideologias valem muito pouco e é a imagem e o marketing que fazem o político. Consequentemente, não causa espanto a ninguém que o primeiro-ministro, depois da derrota das europeias, procure mudar a sua imagem. Talvez se acredite que uma mudança de imagem do primeiro-ministro seja essencial para uma recuperação do PS nas próximas eleições, e talvez essa ideia tenha de facto fundamento.
Com efeito, os últimos anos têm sido marcados pelo um acentuado empobrecimento da discussão de ideias no seio da classe política, chega para o efeito desejado proferir algumas frases sonantes, sorrir o quanto baste e vestir bem. A discussão e a troca de ideias foram substituídas pelo poder da imagem e pelo marketing. Deste modo, para se ganhar umas eleições arruma-se a ideologia numa gaveta, aplicando ou defendendo políticas que são amiúde a antítese da ideologia do partido em nome de um suposto pragmatismo que o mundo globalizado impõe.
Para se vencerem umas eleições vale também mudar traços de personalidade que eventualmente possam causar alguma exasperação aos eleitores. E é assim que se assiste à metamorfose de políticos que, consoante as circunstâncias, mostram ou escondem determinados traços de personalidade. Características como a humildade e a simpatia passam a ter lugar de destaque, em detrimento da arrogância e do distanciamento. Felizmente existem honrosas excepções na classe política, pessoas que resistem à tentação de cair na mediocridade e que não sucumbem inexoravelmente ao poder da imagem, mas essa sua resistência acaba muitas vezes por lhes sair cara. A responsabilidade também é dos cidadãos que nem sempre são exigentes com a classe política e raras vezes saem de um estado de quase letargia em relação aos assuntos públicos.
Com efeito, os últimos anos têm sido marcados pelo um acentuado empobrecimento da discussão de ideias no seio da classe política, chega para o efeito desejado proferir algumas frases sonantes, sorrir o quanto baste e vestir bem. A discussão e a troca de ideias foram substituídas pelo poder da imagem e pelo marketing. Deste modo, para se ganhar umas eleições arruma-se a ideologia numa gaveta, aplicando ou defendendo políticas que são amiúde a antítese da ideologia do partido em nome de um suposto pragmatismo que o mundo globalizado impõe.
Para se vencerem umas eleições vale também mudar traços de personalidade que eventualmente possam causar alguma exasperação aos eleitores. E é assim que se assiste à metamorfose de políticos que, consoante as circunstâncias, mostram ou escondem determinados traços de personalidade. Características como a humildade e a simpatia passam a ter lugar de destaque, em detrimento da arrogância e do distanciamento. Felizmente existem honrosas excepções na classe política, pessoas que resistem à tentação de cair na mediocridade e que não sucumbem inexoravelmente ao poder da imagem, mas essa sua resistência acaba muitas vezes por lhes sair cara. A responsabilidade também é dos cidadãos que nem sempre são exigentes com a classe política e raras vezes saem de um estado de quase letargia em relação aos assuntos públicos.
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