A campanha eleitoral para as eleições europeias representa mais uma oportunidade perdida para se discutir a União Europeia, prefere-se discutir política interna e nesta recta final da campanha privilegia-se o ataque pessoal - Ana Gomes decidiu apelidar o cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, de "maratonista da demagogia"; ou seja, não se discutiu o que está no centro da troca de palavras entre PS e PSD - o imposto europeu -, mas optou-se por deixar cair o essencial para se encetar uma troca de acusações. Quando surgiu finalmente a oportunidade de se discutir um assunto europeu, rapidamente se virou as atenções para as tricas entre protagonistas do debate político, deixando-se cair um assunto tão importante como a questão da fiscalidade no contexto europeu.
Genericamente, as campanhas nos diferentes Estados-membros da UE não diferem substancialmente da nossa, cingindo-se, em larga medida, ao debate sobre assuntos internos respeitantes a cada país. Todavia, o caso português afigura-se ainda mais grave por se tratar de um país que tem vivido alheio à discussão sobre a Europa; e de pouco adianta referir a importância das decisões tomadas no Parlamento europeu na vida dos cidadãos, quando a classe política mostra ser a primeira desinteressada sobre estes assuntos.
Com efeito, são os partidos mais à esquerda e os partidos de menor dimensão, alguns dos quais estreantes nestas andanças, que mais têm procurado discutir as questões europeias, como a construção europeia, o Tratado de Lisboa, o alargamento da UE , o financiamento e as políticas económicas e monetárias. E são precisamente os partidos mais pequenos que não podem contar com a cobertura da comunicação social. Os dois maiores partidos, já aqui se disse, preferem a troca de acusações mútuas, confundindo e desgastando a paciência do eleitorado.
Nestas circunstâncias, as eleições para o parlamento são uma monumental oportunidade perdida para se discutir um assunto decisivo como a Europa, tal como por altura do Tratado de Lisboa - do acordo entre os vários Estados-membros até ao processo de ratificação - também não se discutiu o tema Europa. Mas a responsabilidade também é, em larga medida, nossa. Nós cidadãos, não escondemos o nosso desinteresse que, por vezes, é confundido com incapacidade para compreender assuntos alegadamente tão complexos num claro assumir, por parte da classe política, que se pode passar um atestado de menoridade aos cidadãos sem que daí saiam quaisquer consequências. Desta forma, espera-se que no domingo os eleitores façam mais para mostrar a alguma classe política que exigem mais respeito e consideração e que não estão num permanente estado de letargia. Não desperdicemos nós também esta oportunidade.
Genericamente, as campanhas nos diferentes Estados-membros da UE não diferem substancialmente da nossa, cingindo-se, em larga medida, ao debate sobre assuntos internos respeitantes a cada país. Todavia, o caso português afigura-se ainda mais grave por se tratar de um país que tem vivido alheio à discussão sobre a Europa; e de pouco adianta referir a importância das decisões tomadas no Parlamento europeu na vida dos cidadãos, quando a classe política mostra ser a primeira desinteressada sobre estes assuntos.
Com efeito, são os partidos mais à esquerda e os partidos de menor dimensão, alguns dos quais estreantes nestas andanças, que mais têm procurado discutir as questões europeias, como a construção europeia, o Tratado de Lisboa, o alargamento da UE , o financiamento e as políticas económicas e monetárias. E são precisamente os partidos mais pequenos que não podem contar com a cobertura da comunicação social. Os dois maiores partidos, já aqui se disse, preferem a troca de acusações mútuas, confundindo e desgastando a paciência do eleitorado.
Nestas circunstâncias, as eleições para o parlamento são uma monumental oportunidade perdida para se discutir um assunto decisivo como a Europa, tal como por altura do Tratado de Lisboa - do acordo entre os vários Estados-membros até ao processo de ratificação - também não se discutiu o tema Europa. Mas a responsabilidade também é, em larga medida, nossa. Nós cidadãos, não escondemos o nosso desinteresse que, por vezes, é confundido com incapacidade para compreender assuntos alegadamente tão complexos num claro assumir, por parte da classe política, que se pode passar um atestado de menoridade aos cidadãos sem que daí saiam quaisquer consequências. Desta forma, espera-se que no domingo os eleitores façam mais para mostrar a alguma classe política que exigem mais respeito e consideração e que não estão num permanente estado de letargia. Não desperdicemos nós também esta oportunidade.
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