Os exames nacionais que já foram realizados foram consensualmente considerados pouco exigentes, e embora ainda seja prematuro falar-se em facilitismo e ainda haja a necessidade de uma análise mais aprofundada no final dos exames, a verdade é que não espantará ninguém se esse grau inaudito de facilidade se continuar a verificar nos restantes exames nacionais, tendo em conta a ditadura dos números que tem sido apanágio do actual Executivo.
Dir-se-á que todos os governos agem em função de números e de estatísticas, mas o Governo de José Sócrates fez acentuados progressos nesse campo, acabando por perder a sensatez que se exige numa governação para atingir números que escondem uma multiplicidade de diferentes realidades. É também isso que se passa na educação. Nesta área tem-se realizado verdadeiras operações de cosmética que só podem produzir resultados num país pouco atento e pouco exigente como o nosso. Consequentemente, a melhoria de resultados que se tem verificado não é consequência de melhorias no ensino, mas é consequência de um nivelamento por baixo que compromete seriamente o futuro do país.
Em bom rigor, interessa a este Governo aparecer munido de estatísticas que apontam para melhorias dos resultados. As primeiras consequências de uma política educativa assente na ditadura dos números verifica-se nas universidades que são confrontadas com vagas de alunos mal-preparados e na produtividade de quem entra directamente para o mercado de trabalho. Quando somos pouco ambiciosos raras vezes saímos do marasmo e da mediocridade e, desse ponto de vista, o Governo tem sido exímio na promoção dessa mediocridade e marasmo.
Importa dizer que a educação, embora já tenho sido paixão para alguns governos, nunca o foi para o país. Esse é talvez um dos maiores problemas. Com efeito, muitos consideram que o mais importante é impor um modelo de avaliação aos professores, conjugado com a distribuição de computadores e com as famigeradas novas oportunidades que produzem verdadeiros milagres. A qualidade do ensino acaba por ser irrelevante e perde-se num mar de ofertas tecnológicas que dão um ar de modernidade a um país que parece já se ter habituado a viver na cauda da Europa. A pouca exigência dos cidadãos e o seu desprezo pelos assuntos do país são uma combinação perigosa que permite a existência de políticas comprometedoras do futuro do país sem que isso inquiete grande parte dos cidadãos.
Dir-se-á que todos os governos agem em função de números e de estatísticas, mas o Governo de José Sócrates fez acentuados progressos nesse campo, acabando por perder a sensatez que se exige numa governação para atingir números que escondem uma multiplicidade de diferentes realidades. É também isso que se passa na educação. Nesta área tem-se realizado verdadeiras operações de cosmética que só podem produzir resultados num país pouco atento e pouco exigente como o nosso. Consequentemente, a melhoria de resultados que se tem verificado não é consequência de melhorias no ensino, mas é consequência de um nivelamento por baixo que compromete seriamente o futuro do país.
Em bom rigor, interessa a este Governo aparecer munido de estatísticas que apontam para melhorias dos resultados. As primeiras consequências de uma política educativa assente na ditadura dos números verifica-se nas universidades que são confrontadas com vagas de alunos mal-preparados e na produtividade de quem entra directamente para o mercado de trabalho. Quando somos pouco ambiciosos raras vezes saímos do marasmo e da mediocridade e, desse ponto de vista, o Governo tem sido exímio na promoção dessa mediocridade e marasmo.
Importa dizer que a educação, embora já tenho sido paixão para alguns governos, nunca o foi para o país. Esse é talvez um dos maiores problemas. Com efeito, muitos consideram que o mais importante é impor um modelo de avaliação aos professores, conjugado com a distribuição de computadores e com as famigeradas novas oportunidades que produzem verdadeiros milagres. A qualidade do ensino acaba por ser irrelevante e perde-se num mar de ofertas tecnológicas que dão um ar de modernidade a um país que parece já se ter habituado a viver na cauda da Europa. A pouca exigência dos cidadãos e o seu desprezo pelos assuntos do país são uma combinação perigosa que permite a existência de políticas comprometedoras do futuro do país sem que isso inquiete grande parte dos cidadãos.
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