O Irão continua a viver dias de crescente instabilidade que poderá recrudescer com a notícia que o Conselho dos Guardiões, incumbido de supervisionar as eleições, reconhece irregularidades no processo eleitoral, mas afasta qualquer cenário de novas eleições. O facto do número de votos ultrapassar o número de eleitores é justificado e encarado como sendo um acontecimento sem gravidade.
Ora se o descontentamento já estava longe de dar sinais de abrandamento, as notícias que confirmam a existência de irregularidades no processo eleitoral só podem resultar na intensificação das manifestações de descontentamento. Por outro lado, o regime iraniano tem optado pela utilização de métodos repressivos e pela instigação popular dos apoiantes de Ahmadinejad. O resultado tem sido verdadeiramente dramático: já dezenas de pessoas pereceram nas ruas de Teerão e de outras cidades iranianas.
Note-se que no seio do regime há quem não esconda o seu desconforto com os acontecimentos e com a reeleição de Ahmadinejad, aliás, o Presidente da Assembleia dos Peritos, Akbar RafsanjaniRafsanjani já por diversas vezes tinha mostrado não estar ao lado de Ahmadinejad.
O regime iraniano parece ter como estratégia recusar qualquer hipótese de haver novas eleições, combater os focos de instabilidade através de métodos repressivos e tentar levar o país para o caminho da normalidade. Assim, já se espera que Ahmadinejad tome posse e faça o seu juramento na qualidade de Presidente do Irão a partir do dia 19 de Julho. Este é um sinal inequívoco da estratégia de estabilização levada a cabo pelo regime teocrático.
Existe, porém, um elevado grau de imprevisibilidade por parte dos apoiantes de Mousavi: não se sabe se a repressão levada a cabo pelo regime iraniano terá efeitos práticos e não contraproducentes; é uma incógnita saber se mais iranianos vão aderir aos protestos; é igualmente difícil de prever se não poderão surgir cisões internas - no seio do regime - que possa destabilizar a permanência do líder supremo ayatollah Khamenei.
Ora se o descontentamento já estava longe de dar sinais de abrandamento, as notícias que confirmam a existência de irregularidades no processo eleitoral só podem resultar na intensificação das manifestações de descontentamento. Por outro lado, o regime iraniano tem optado pela utilização de métodos repressivos e pela instigação popular dos apoiantes de Ahmadinejad. O resultado tem sido verdadeiramente dramático: já dezenas de pessoas pereceram nas ruas de Teerão e de outras cidades iranianas.
Note-se que no seio do regime há quem não esconda o seu desconforto com os acontecimentos e com a reeleição de Ahmadinejad, aliás, o Presidente da Assembleia dos Peritos, Akbar RafsanjaniRafsanjani já por diversas vezes tinha mostrado não estar ao lado de Ahmadinejad.
O regime iraniano parece ter como estratégia recusar qualquer hipótese de haver novas eleições, combater os focos de instabilidade através de métodos repressivos e tentar levar o país para o caminho da normalidade. Assim, já se espera que Ahmadinejad tome posse e faça o seu juramento na qualidade de Presidente do Irão a partir do dia 19 de Julho. Este é um sinal inequívoco da estratégia de estabilização levada a cabo pelo regime teocrático.
Existe, porém, um elevado grau de imprevisibilidade por parte dos apoiantes de Mousavi: não se sabe se a repressão levada a cabo pelo regime iraniano terá efeitos práticos e não contraproducentes; é uma incógnita saber se mais iranianos vão aderir aos protestos; é igualmente difícil de prever se não poderão surgir cisões internas - no seio do regime - que possa destabilizar a permanência do líder supremo ayatollah Khamenei.
Comentários