A afirmação em epígrafe pode ser arrojada, mas Portugal dá sinais de mudança relativamente a questões outrora sensíveis e de difícil discussão como é o caso da protecção e direitos dos animais. Este assunto tem vindo a ganhar outra visibilidade, em particular na comunicação social. De igual forma, os cidadãos estão mais atentos para esta problemática, isto apesar da classe política não acompanhar de viva voz estas inquietações, honra seja feita às poucas excepções de alguns autarcas que, corajosamente, se manifestam contra espectáculos de violência sobre animais.
Com efeito, esta, como outras mudanças, demoram tempo a chegar a uma classe política pouco atenta e muito virada para si própria. A exemplo disso mesmo, sublinhe-se a escassez de produção legislativa sobre o assunto e a pouca apetência dos deputados para abordarem assuntos que seguramente constituem um atraso civilizacional sem precedentes a nível europeu. O caso mais paradigmático do silêncio dos políticos pretende-se com a perpetuação das touradas.
A argumentação que sustenta a tese das touradas resume-se à questão da tradição. Assim, advoga-se o direito do Homem cometer atrocidades sobre um animal unicamente para gáudio de um público em delírio. Ora, essa linha de argumentação esbarra na exigência de uma evolução civilizacional a que o nosso país não pode ficar alheio. A tradição não pode ser sinónimo de imutabilidade, caso contrário persistiriam outras tradições que hoje consideramos abjectas.
Importa também referir a importância das associações de defesa dos animais que lutam incansavelmente pelo fim de tradições como precisamente as touradas. O espírito de quem tanto dá a esta causa deve merecer da sociedade o seu reconhecimento. É, em larga medida, graças a estas associações, das quais se tem destacado a associação ANIMAL, que o assunto tem ganho outro relevo e passa a ser tema de discussão com mais frequência.
De um modo geral, estes são seguramente sinais de mudança de um país orgulhoso das suas tradições, mas precisamente por essa razão aliada a alguma insensibilidade tem preferido ignorar um problema como o sofrimento dos animais. Nenhuma sociedade pode dar-se ao luxo de permanecer estática e alheia às mudanças em seu redor. A tradição só por si não justifica a crueldade para com os animais, aliás, nada justifica essa crueldade. Portugal está, neste particular, a mudar e, como parece evidente, não há outro caminho que não seja o da mudança, neste assunto específico como noutros. Espera-se que as mudanças não se fiquem apenas pela sociedade civil e que os partidos políticos despertem finalmente para esta problemática.
Com efeito, esta, como outras mudanças, demoram tempo a chegar a uma classe política pouco atenta e muito virada para si própria. A exemplo disso mesmo, sublinhe-se a escassez de produção legislativa sobre o assunto e a pouca apetência dos deputados para abordarem assuntos que seguramente constituem um atraso civilizacional sem precedentes a nível europeu. O caso mais paradigmático do silêncio dos políticos pretende-se com a perpetuação das touradas.
A argumentação que sustenta a tese das touradas resume-se à questão da tradição. Assim, advoga-se o direito do Homem cometer atrocidades sobre um animal unicamente para gáudio de um público em delírio. Ora, essa linha de argumentação esbarra na exigência de uma evolução civilizacional a que o nosso país não pode ficar alheio. A tradição não pode ser sinónimo de imutabilidade, caso contrário persistiriam outras tradições que hoje consideramos abjectas.
Importa também referir a importância das associações de defesa dos animais que lutam incansavelmente pelo fim de tradições como precisamente as touradas. O espírito de quem tanto dá a esta causa deve merecer da sociedade o seu reconhecimento. É, em larga medida, graças a estas associações, das quais se tem destacado a associação ANIMAL, que o assunto tem ganho outro relevo e passa a ser tema de discussão com mais frequência.
De um modo geral, estes são seguramente sinais de mudança de um país orgulhoso das suas tradições, mas precisamente por essa razão aliada a alguma insensibilidade tem preferido ignorar um problema como o sofrimento dos animais. Nenhuma sociedade pode dar-se ao luxo de permanecer estática e alheia às mudanças em seu redor. A tradição só por si não justifica a crueldade para com os animais, aliás, nada justifica essa crueldade. Portugal está, neste particular, a mudar e, como parece evidente, não há outro caminho que não seja o da mudança, neste assunto específico como noutros. Espera-se que as mudanças não se fiquem apenas pela sociedade civil e que os partidos políticos despertem finalmente para esta problemática.
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