O primeiro-ministro demonstrou novamente que mistura política com negócios e fá-lo de forma desastrosa. Assim, não tendo muito para anunciar ontem no Parlamento, tirou da cartola a compra da Cosec, anunciando ao país que já tinha chegado a acordo com os accionistas quando hoje o accionista que detém 50 por cento da seguradora afirmou não estar interessado em vender. De uma forma irresponsável, o primeiro-ministro conseguiu mentir ao país e estragar o negócio. O que é sobejamente conhecida é a apetência do actual Governo para a propaganda - essa é a verdadeira alma do seu negócio.
O Governo tinha decidido ceder aos pedidos dos empresários que chamavam a atenção para as dificuldades incomensuráveis no acesso a seguros de crédito às exportações, em particular quando essas exportações tinham como destino determinados países. A nacionalização da seguradora Cosec é passível de discussão, mas o que não é admissível é a forma trapalhona como se pretende fazer este negócio. Chega-se, portanto, à conclusão que o primeiro-ministro até terá jeito para vender computadores a crianças, mas está longe de demonstrar qualquer apetência para realizar grandes negócios em nome do Estado.
Com esta trapalhada, o accionista Euler Hermes que tem 50 por cento do capital da Cosec conseguiu uma margem muito grande para negociar com o Governo que contará seguramente com a aprovação da detentora da outra metade do capital, mas que precisa desta metade nas mãos da Euler Hermes. Estes anúncios a serem feitos, só podem sê-lo depois da concretização do negócio e nunca antes. Esta situação é reveladora da inépcia do Governo que na ânsia de mostrar ao país que ainda tem uns coelhos na cartola, arruína um negócio que vai custar ainda mais ao contribuinte português.
O Governo tinha decidido ceder aos pedidos dos empresários que chamavam a atenção para as dificuldades incomensuráveis no acesso a seguros de crédito às exportações, em particular quando essas exportações tinham como destino determinados países. A nacionalização da seguradora Cosec é passível de discussão, mas o que não é admissível é a forma trapalhona como se pretende fazer este negócio. Chega-se, portanto, à conclusão que o primeiro-ministro até terá jeito para vender computadores a crianças, mas está longe de demonstrar qualquer apetência para realizar grandes negócios em nome do Estado.
Com esta trapalhada, o accionista Euler Hermes que tem 50 por cento do capital da Cosec conseguiu uma margem muito grande para negociar com o Governo que contará seguramente com a aprovação da detentora da outra metade do capital, mas que precisa desta metade nas mãos da Euler Hermes. Estes anúncios a serem feitos, só podem sê-lo depois da concretização do negócio e nunca antes. Esta situação é reveladora da inépcia do Governo que na ânsia de mostrar ao país que ainda tem uns coelhos na cartola, arruína um negócio que vai custar ainda mais ao contribuinte português.
Público online: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1380747&idCanal=57
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