Mais notícias assustadoras sobre os números do desemprego: os centros de emprego registaram um incremento de 27,3 por cento de inscrições no mês de Abril. De facto, os aspectos mais negativos da crise prendem-se com o aumento galopante do número de desempregados. Apesar de não nos servir, de todo, de consolo, a verdade é que Portugal regista ainda assim uma taxa de desemprego bastante inferior à taxa de desemprego do país vizinho. Mas o aumento que se tem registado desde o principio do ano tem custos sociais incalculáveis. O desemprego não é apenas um drama económico e social, é, essencialmente, um drama pessoal e familiar.
A actual crise é também o reflexo de um sistema económico mundial assente na inexpugnabilidade dos mercados e no consequente desprezo pelas pessoas, olhadas invariavelmente como apenas números. Ao aumento da importância dos mercados, assistiu-se igualmente à fragilização da política ou à sua completa submissão aos ditames dos mercados. Ora sendo a política a única forma de se salvaguardar os interesses dos cidadãos que são que detêm a soberania, estes têm assistido a um verdadeiro retrocesso social que tem como corolário a actual crise e os seus efeitos para os cidadãos.
Na eminência de eleições para o Parlamento europeu, importa referir que a União Europeia, através dos seus centros de decisão, dedicou-se única e exclusivamente a políticas económicas e monetárias, ignorando um flagelo que já se avizinhava e que se consolidou com a crise: o desemprego. O desemprego nunca foi uma verdadeira prioridade a nível europeu e hoje, mais do que nunca, esses mesmos centros de decisão continuam cegos a politicas cujo o objectivo seja a criação de emprego.
A consequência deste estado de coisas é evidente: são as democracias que saem, mais uma vez, fragilizadas. Aliás, não é extemporâneo afirmar que a democracia é a grande vítima da crise que começou no sector financeiro. O desemprego dispara, o bem-estar social que é um dos pilares da construção europeia sofre um retrocesso e os partidos políticos demonstram toda a sua incapacidade de dar respostas aos problemas dos cidadãos. Não se duvide que o aumento das dificuldades sociais têm consequências perigosas para a própria democracia. Este é o maior perigo da actual crise.
A actual crise é também o reflexo de um sistema económico mundial assente na inexpugnabilidade dos mercados e no consequente desprezo pelas pessoas, olhadas invariavelmente como apenas números. Ao aumento da importância dos mercados, assistiu-se igualmente à fragilização da política ou à sua completa submissão aos ditames dos mercados. Ora sendo a política a única forma de se salvaguardar os interesses dos cidadãos que são que detêm a soberania, estes têm assistido a um verdadeiro retrocesso social que tem como corolário a actual crise e os seus efeitos para os cidadãos.
Na eminência de eleições para o Parlamento europeu, importa referir que a União Europeia, através dos seus centros de decisão, dedicou-se única e exclusivamente a políticas económicas e monetárias, ignorando um flagelo que já se avizinhava e que se consolidou com a crise: o desemprego. O desemprego nunca foi uma verdadeira prioridade a nível europeu e hoje, mais do que nunca, esses mesmos centros de decisão continuam cegos a politicas cujo o objectivo seja a criação de emprego.
A consequência deste estado de coisas é evidente: são as democracias que saem, mais uma vez, fragilizadas. Aliás, não é extemporâneo afirmar que a democracia é a grande vítima da crise que começou no sector financeiro. O desemprego dispara, o bem-estar social que é um dos pilares da construção europeia sofre um retrocesso e os partidos políticos demonstram toda a sua incapacidade de dar respostas aos problemas dos cidadãos. Não se duvide que o aumento das dificuldades sociais têm consequências perigosas para a própria democracia. Este é o maior perigo da actual crise.
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