O PSD tem levantado inúmeras questões quanto à constitucionalidade da proposta do Governo. O Governo acusa o PSD de "tentar confundir as pessoas". O problema dos dois maiores partidos portugueses é a sua recusa em perceber que por vezes não há outro caminho que não o entendimento. Chama-se a isso salvaguardar os interesses do país. Infelizmente quem tem estado à frente destes partidos serve interesses politico-partidários, entre outros, relegando invariavelmente para segundo plano os interesses do país. O famigerado pacto de justiça entre PS e PSD foi um fiasco de enormes dimensões e é um bom exemplo da incapacidade destes dois partidos em chegarem a um entendimento.
No que diz respeito ao levantamento do sigilo bancário a situação acaba por não surpreender ninguém, afinal de contas é comum não se procurarem soluções, recorre-se antes às acusações e à crítica pela crítica, acrescentando-se pouco ou nada à discussão. Ora, parece-me óbvio que o levantamento do sigilo bancário é um instrumento útil no combate à corrupção e ao crime económico. Mas também é evidente que esse levantamento não se pode traduzir em atropelos aos direitos dos cidadãos. Apesar do equilíbrio nem sempre ser fácil, é possível e é nesse sentido que os partidos políticos deveriam trabalhar.
De resto, a Assembleia da República tem sido o palco privilegiado de querelas e de discussões obtusas. E tanto mais é assim que a casa da democracia já albergou políticos com mais qualidade cujo contributo foi decisivo para a consolidação da democracia portuguesa. A profissionalização dos políticos, a constante mediatização a que estão sujeitos e o hermetismo dos partidos políticos são responsáveis pelo crescente degradação da qualidade da classe política que se afasta gradualmente dos cidadãos que diz representar.
No contexto actual os entendimentos entre partidos políticos torna-se determinante para a resolução dos problemas. No futuro, e se a maioria absoluta do PS não se verificar, a necessidade de se chegar a consensos tornar-se-á imprescindível para haver um mínimo de estabilidade governativa. Para isso é preciso aprender-se a dialogar. Ora, esse processo de aprendizagem vai será particularmente difícil para o partido do Governo. Embora também o seja para o PSD.
No que diz respeito ao levantamento do sigilo bancário a situação acaba por não surpreender ninguém, afinal de contas é comum não se procurarem soluções, recorre-se antes às acusações e à crítica pela crítica, acrescentando-se pouco ou nada à discussão. Ora, parece-me óbvio que o levantamento do sigilo bancário é um instrumento útil no combate à corrupção e ao crime económico. Mas também é evidente que esse levantamento não se pode traduzir em atropelos aos direitos dos cidadãos. Apesar do equilíbrio nem sempre ser fácil, é possível e é nesse sentido que os partidos políticos deveriam trabalhar.
De resto, a Assembleia da República tem sido o palco privilegiado de querelas e de discussões obtusas. E tanto mais é assim que a casa da democracia já albergou políticos com mais qualidade cujo contributo foi decisivo para a consolidação da democracia portuguesa. A profissionalização dos políticos, a constante mediatização a que estão sujeitos e o hermetismo dos partidos políticos são responsáveis pelo crescente degradação da qualidade da classe política que se afasta gradualmente dos cidadãos que diz representar.
No contexto actual os entendimentos entre partidos políticos torna-se determinante para a resolução dos problemas. No futuro, e se a maioria absoluta do PS não se verificar, a necessidade de se chegar a consensos tornar-se-á imprescindível para haver um mínimo de estabilidade governativa. Para isso é preciso aprender-se a dialogar. Ora, esse processo de aprendizagem vai será particularmente difícil para o partido do Governo. Embora também o seja para o PSD.
Notícia in Público:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1374906&idCanal=12
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