É, segundo o FMI e o Banco Mundial, quanto a crise económica já criou em todo o mundo, em particular nos países em desenvolvimento. O número não vai ficar pelos 50 milhões, tendo em conta o mais do que certo agravamento da crise económica internacional. Ora, a estratégia dos países com maior preponderância estão a falhar em dois aspectos: por um lado, a incapacidade de atacar de forma eficiente a crise, designadamente os seus efeitos; e por outro, a recusa em se fazer reformas profundas num modelo falacioso que é responsável, entre outras coisas, por mais estes 50 milhões de pobres.
A cimeira do G8 poderia até ser um primeiro passo no entendimento de uma reforma do modelo económico que vigora e cuja dependência do sector financeiro desregulado não pode continuar a ser uma realidade. Dir-se-á que ainda é cedo para se equacionar a importância e estrutura de um novo modelo e que o que interessa agora é combater os efeitos da crise; contudo, é preciso ir mais longe e apostar nas duas frentes. A sustentabilidade do actual modelo foi posta em causa com a crise que assola a economia mundial e a desculpa da globalização e dos seus efeitos irreversíveis perdeu força e não é mais do que uma fantasia. Acabou a primazia do "não há nada a fazer". Há muito a fazer, a começar pelo regresso ao equilíbrio entre economia e política. Este é o único caminho para a recuperação da crise, até porque a resposta só pode vir do contexto político e de lideranças políticas mais fortes.
A pobreza vai continuar a sofrer um aumento, com especial incidência nos países menos desenvolvidos, aqueles em que os Estados não têm capacidade para dar resposta. Mas mesmo nos países com maiores índices de desenvolvimento, não é de excluir um aumento do número de pobres. É fundamental que se encontrem respostas para combater o desemprego e o empobrecimento dos cidadãos, sob pena de se fragilizar as próprias democracias - sabe-se que a inexistência de bem-estar social não é compaginável com a salvaguarda das democracias. Espera-se que as lideranças mundiais tenham sempre em mente esta premissa essencial.
A cimeira do G8 poderia até ser um primeiro passo no entendimento de uma reforma do modelo económico que vigora e cuja dependência do sector financeiro desregulado não pode continuar a ser uma realidade. Dir-se-á que ainda é cedo para se equacionar a importância e estrutura de um novo modelo e que o que interessa agora é combater os efeitos da crise; contudo, é preciso ir mais longe e apostar nas duas frentes. A sustentabilidade do actual modelo foi posta em causa com a crise que assola a economia mundial e a desculpa da globalização e dos seus efeitos irreversíveis perdeu força e não é mais do que uma fantasia. Acabou a primazia do "não há nada a fazer". Há muito a fazer, a começar pelo regresso ao equilíbrio entre economia e política. Este é o único caminho para a recuperação da crise, até porque a resposta só pode vir do contexto político e de lideranças políticas mais fortes.
A pobreza vai continuar a sofrer um aumento, com especial incidência nos países menos desenvolvidos, aqueles em que os Estados não têm capacidade para dar resposta. Mas mesmo nos países com maiores índices de desenvolvimento, não é de excluir um aumento do número de pobres. É fundamental que se encontrem respostas para combater o desemprego e o empobrecimento dos cidadãos, sob pena de se fragilizar as próprias democracias - sabe-se que a inexistência de bem-estar social não é compaginável com a salvaguarda das democracias. Espera-se que as lideranças mundiais tenham sempre em mente esta premissa essencial.
Notícia in Público online: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376866&idCanal=57
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