O primeiro-ministro, José Sócrates fez novo brilharete no debate quinzenal na Assembleia da República. Depois de anos de políticas erradas, cuja responsabilidade não pode ser imputada apenas ao actual Executivo, o primeiro-ministrou brilhou com a apresentação de novas medidas de cariz social, muito em particular com a apresentação de uma moratória que permitirá, a famílias com desempregados, pagar 50 por cento da prestação da casa. A oposição, aparentemente apanhada de surpresa, teve uma reacção descoordenada e anódina.
A medida mais emblemática - a tal que vai permitir a famílias com desempregados ver a sua prestação da casa reduzida em 50 por cento - pretende dar uma outra imagem do actual Governo: um Governo preocupado com os reais problemas das pessoas, um Governo que toma medidas no sentido de ajudar os cidadãos com maiores dificuldades. É claro que, do ponto de vista, eleitoral, estas políticas vão colher frutos. Todavia, o Governo está a falhar clamorosamente num aspecto determinante: no apoio ao investimento e criação de emprego.
As medidas ontem anunciadas pelo Governo visam remendar erros passados com consequências graves no presente e no futuro. Nenhum Governo teve a visão estratégica para promover o mercado do arrendamento, criando um país de proprietários, hoje um país de endividados. Nestas circunstâncias, não restaria muito ao Governo fazer para além daquilo que anunciou ontem. No entanto, passado um período de dois anos, os beneficiários desta medida têm de repor o dinheiro em falta. Infelizmente, ao ritmo que se cria emprego em Portugal, não é de excluir a possibilidade de muitos beneficiários desta medida passarem mais de dois anos desempregados.
De uma maneira geral, o Governo pouco ou nada tem feito para criar emprego. Sem um apoio às pequenas e médias empresas e consequente criação de emprego, o país caminha a passos largos para uma situação de subsidio-dependência. O empobrecimento agravar-se-á e as políticas de remendo têm um impacto efémero - não se pode estar permanentemente a subsidiar os cidadãos, sem lhes dar instrumentos para que se possam emancipar.
Em ano de eleições, as políticas não vão fugir muito àquilo que foi ontem apresentado. O Governo insiste em ignorar que sem um apoio sério às empresas, sem uma redução e simplificação em matéria fiscal, sem a promoção da criação de emprego e sem uma reforma da Justiça está-se a governar para hoje esquecendo o amanhã, e embora essa tenha sido a prática corrente ao logo das últimas décadas em Portugal, o facto é que o país vai sofrendo um empobrecimento gradual e a continuar com estas políticas, irreversível. Mas um Governo que brinca com a Educação, um Governo escravo de números, um Governo medíocre não pode restaurar sequer a esperança dos portugueses quanto mais dar um rumo ao pais.
Notícia in Público online: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369865&idCanal=57
A medida mais emblemática - a tal que vai permitir a famílias com desempregados ver a sua prestação da casa reduzida em 50 por cento - pretende dar uma outra imagem do actual Governo: um Governo preocupado com os reais problemas das pessoas, um Governo que toma medidas no sentido de ajudar os cidadãos com maiores dificuldades. É claro que, do ponto de vista, eleitoral, estas políticas vão colher frutos. Todavia, o Governo está a falhar clamorosamente num aspecto determinante: no apoio ao investimento e criação de emprego.
As medidas ontem anunciadas pelo Governo visam remendar erros passados com consequências graves no presente e no futuro. Nenhum Governo teve a visão estratégica para promover o mercado do arrendamento, criando um país de proprietários, hoje um país de endividados. Nestas circunstâncias, não restaria muito ao Governo fazer para além daquilo que anunciou ontem. No entanto, passado um período de dois anos, os beneficiários desta medida têm de repor o dinheiro em falta. Infelizmente, ao ritmo que se cria emprego em Portugal, não é de excluir a possibilidade de muitos beneficiários desta medida passarem mais de dois anos desempregados.
De uma maneira geral, o Governo pouco ou nada tem feito para criar emprego. Sem um apoio às pequenas e médias empresas e consequente criação de emprego, o país caminha a passos largos para uma situação de subsidio-dependência. O empobrecimento agravar-se-á e as políticas de remendo têm um impacto efémero - não se pode estar permanentemente a subsidiar os cidadãos, sem lhes dar instrumentos para que se possam emancipar.
Em ano de eleições, as políticas não vão fugir muito àquilo que foi ontem apresentado. O Governo insiste em ignorar que sem um apoio sério às empresas, sem uma redução e simplificação em matéria fiscal, sem a promoção da criação de emprego e sem uma reforma da Justiça está-se a governar para hoje esquecendo o amanhã, e embora essa tenha sido a prática corrente ao logo das últimas décadas em Portugal, o facto é que o país vai sofrendo um empobrecimento gradual e a continuar com estas políticas, irreversível. Mas um Governo que brinca com a Educação, um Governo escravo de números, um Governo medíocre não pode restaurar sequer a esperança dos portugueses quanto mais dar um rumo ao pais.
Notícia in Público online: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369865&idCanal=57
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