A promoção de Armando Vara, concedida pela Caixa Geral de Depósitos, já depois do actual vice-presidente do BCP ter cessado funções, é sintomático da degradação do sistema político português. A notícia do Público mostra claramente a desconsideração pelo país por parte de quem já desempenhou funções públicas. Numa altura em que se assiste ao mais claro desprezo pela classe média, em que se verificam almofadas para as instituições financeiras se sentirem mais confortáveis, são estas situações que não são compagináveis com a consolidação da democracia.
Com efeito, a promiscuidade entre políticos e mundo dos negócios é cada vez mais evidente, tanto mais que há nem há pudor em disfarçar essa promiscuidade. De igual forma, a existência de sistemas criados apenas para conceder benesses às direcções de instituições financeiras já era discutido até antes da crise. Mas é a crise que veio e vem revelar a ganância, a obtusidade e a condição privilegiada de quem ocupava cargos de direcção comparativamente com a generalidade dos cidadãos.
A situação descrita pelo jornal Público (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355777&idCanal=57) é mais uma peça do puzzle. Afinal, é possível conseguirmos uma promoção, apesar de já termos deixado de trabalhar na empresa que agora nos promove. E o mais grave é que ainda há quem alegue que esta é uma prática comum no sistema financeiro, como se isso legitimasse estas práticas.
Em síntese, por muitas reformas que possam ser feitas, o país dificilmente deixará de ser pequeno e pobre. A verdadeira reforma teria que passar por uma mentalidade que se instalou definitivamente. A classe política esquece, contudo, que não apenas a prejudicar o pais; enquanto insistir em defender interesses próprios e alheios ao interesse comum, está essencialmente a prejudicar-se a ela própria. A História assim nos tem ensinado.
Com efeito, a promiscuidade entre políticos e mundo dos negócios é cada vez mais evidente, tanto mais que há nem há pudor em disfarçar essa promiscuidade. De igual forma, a existência de sistemas criados apenas para conceder benesses às direcções de instituições financeiras já era discutido até antes da crise. Mas é a crise que veio e vem revelar a ganância, a obtusidade e a condição privilegiada de quem ocupava cargos de direcção comparativamente com a generalidade dos cidadãos.
A situação descrita pelo jornal Público (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355777&idCanal=57) é mais uma peça do puzzle. Afinal, é possível conseguirmos uma promoção, apesar de já termos deixado de trabalhar na empresa que agora nos promove. E o mais grave é que ainda há quem alegue que esta é uma prática comum no sistema financeiro, como se isso legitimasse estas práticas.
Em síntese, por muitas reformas que possam ser feitas, o país dificilmente deixará de ser pequeno e pobre. A verdadeira reforma teria que passar por uma mentalidade que se instalou definitivamente. A classe política esquece, contudo, que não apenas a prejudicar o pais; enquanto insistir em defender interesses próprios e alheios ao interesse comum, está essencialmente a prejudicar-se a ela própria. A História assim nos tem ensinado.
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