Há quem não resista a mostrar o seu pessimismo misturado com alguma má fé e a recorrente descrença em tudo o que esteja relacionado com os Estados Unidos, ou em casos mais particulares, tudo o que se insira no contexto da política. De resto, vinga a ideia de que dos Estados Unidos nada poderá vir de bom, nem mesmo a eleição de um afro-americano num país considerado por muitos como sendo intolerante, retrógrado, virado para si próprio.
Nestas condições, muitos dos que opinam sobre o assunto são incapazes de esperar para ver, encetando assim formas de diminuir a importância de Barack Obama ou, como é possível ler-se num blogue, associando as multidões que se deslocaram a Washington a greves ou a parolice. Esta estreiteza de espírito deveria merecer o mais inexorável desprezo, ao invés de se dedicar algumas linhas ao assunto. Todavia, estas manifestações de mesquinhez são demonstrativas do seguinte: apesar de Obama ter feito uma campanha exemplar, apesar de ter sempre demonstrado uma acentuada sensatez, apesar de ser um homem de profundas convicções e embora tenha sempre demonstrado que está na política para servir a América, o cinismo e a mesquinhez de alguns dão ares da sua graça, mesmo perante alguém que contribuiu decisivamente para que muitos americanos voltassem a acreditar na política e nos políticos.
Em Portugal, o pessimismo, a descrença e, em alguns casos, o cinismo e a mesquinhez reinam. Somos, por vezes, um povo manifestamente triste. Ou nos deslumbramos com a mestria dos outros ou a rejeitamos incondicionalmente. Desconfiamos de tudo e de todos. A insatisfação parece ser a condição normal de muitos de nós, mesmo perante as grandes mudanças e Barack Obama representa uma das maiores mudanças a que mundo já assistiu.
Nós estamos longe de sequer vislumbrar, no nosso país, alguém capaz de restituir a esperança. Queixamo-nos amiúde dos políticos, mas a responsabilidade também é nossa, consequência do nosso crescente desinteresse, da nossa constante apatia.
Barack Obama já é um político vencedor: conseguiu mobilizar grande parte de um país, conseguiu restituir a esperança de um país fortemente abalado pela crise financeira; esperança essa que será determinante para que os americanos possam sair da crise. E mais, Obama já fez mais pela imagem dos Estados Unidos, mesmo sem ainda ser Presidente, do que George W. Bush fez em oito anos.
Quanto a nós, sempre nos vamos distraindo com as puerilidades dos eternamente insatisfeitos ou dos eternamente antiamericanos; a propósito de antiamericanismo, haverá certamente quem já se sente dividido entre o entusiasmo com a eleição de Obama e o ódio visceral pelos Estados Unidos. Afinal, Barack Obama é agora o Presidente de todos os americanos e o povo americano tem, em particular nos últimos meses, dado uma verdadeira lição de democracia ao resto do mundo.
Nestas condições, muitos dos que opinam sobre o assunto são incapazes de esperar para ver, encetando assim formas de diminuir a importância de Barack Obama ou, como é possível ler-se num blogue, associando as multidões que se deslocaram a Washington a greves ou a parolice. Esta estreiteza de espírito deveria merecer o mais inexorável desprezo, ao invés de se dedicar algumas linhas ao assunto. Todavia, estas manifestações de mesquinhez são demonstrativas do seguinte: apesar de Obama ter feito uma campanha exemplar, apesar de ter sempre demonstrado uma acentuada sensatez, apesar de ser um homem de profundas convicções e embora tenha sempre demonstrado que está na política para servir a América, o cinismo e a mesquinhez de alguns dão ares da sua graça, mesmo perante alguém que contribuiu decisivamente para que muitos americanos voltassem a acreditar na política e nos políticos.
Em Portugal, o pessimismo, a descrença e, em alguns casos, o cinismo e a mesquinhez reinam. Somos, por vezes, um povo manifestamente triste. Ou nos deslumbramos com a mestria dos outros ou a rejeitamos incondicionalmente. Desconfiamos de tudo e de todos. A insatisfação parece ser a condição normal de muitos de nós, mesmo perante as grandes mudanças e Barack Obama representa uma das maiores mudanças a que mundo já assistiu.
Nós estamos longe de sequer vislumbrar, no nosso país, alguém capaz de restituir a esperança. Queixamo-nos amiúde dos políticos, mas a responsabilidade também é nossa, consequência do nosso crescente desinteresse, da nossa constante apatia.
Barack Obama já é um político vencedor: conseguiu mobilizar grande parte de um país, conseguiu restituir a esperança de um país fortemente abalado pela crise financeira; esperança essa que será determinante para que os americanos possam sair da crise. E mais, Obama já fez mais pela imagem dos Estados Unidos, mesmo sem ainda ser Presidente, do que George W. Bush fez em oito anos.
Quanto a nós, sempre nos vamos distraindo com as puerilidades dos eternamente insatisfeitos ou dos eternamente antiamericanos; a propósito de antiamericanismo, haverá certamente quem já se sente dividido entre o entusiasmo com a eleição de Obama e o ódio visceral pelos Estados Unidos. Afinal, Barack Obama é agora o Presidente de todos os americanos e o povo americano tem, em particular nos últimos meses, dado uma verdadeira lição de democracia ao resto do mundo.
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