As afirmações do cardeal patriarca de Lisboa originaram dois tipos de reacções: uma reacção de incompreensão e crítica e outra, em sentido diametralmente oposto, de compreensão e apoio. É evidente que muitas dessas opiniões estão condicionadas pela religião ou pela ausência da mesma. Poucos são os que mostram ser capazes de fazer uma análise mais distante desses condicionamentos.
Os que criticaram as palavras de D. José Policarpo - e eu incluo-me nesse rol - foram imediatamente acusados de serem reféns do politicamente correcto e por essa razão, as suas posições são imediatamente desconsideradas. Isto apesar de muitos de nós terem referido que as palavras do patriarca dividem mais do que unem, em particular numa altura em que a aproximação é essencial e o afastamento mostra ser contraproducente. No essencial a crítica recai nas consequências das palavras desta figura da Igreja.
Ou será que alguém com bom senso pensa que o caminho para atenuar aquilo que muitos designam por choque de civilizações passa por isolar as nossas diferenças e centrar o debate nessas diferenças? As afirmações do patriarca de Lisboa contribuem inexoravelmente para isolar as nossas diferenças - o papel da Igreja não deveria ser outro?
E aqueles que, eventualmente, possam considerar que existe muita ingenuidade nas afirmações anteriores que apresente uma solução alternativa ao diálogo e à aproximação das correntes mais moderadas do Islão - quando a cada dia que passa é demonstrado que o inverso tem resultados muito negativos.
Paralelamente, será difícil refutar algumas evidências, como o facto da comunidade muçulmana ser manifestamente pouco receptiva a uma maior abertura, mas não é seguramente com conselhos às jovens portuguesas para que não se casem com muçulmanos que se vai contribuir para esse espírito de maior abertura. Espírito esse que deveria ser um pilar da Igreja católica.
Nas opiniões expressas sobre as palavras de D. José Policarpo notas-se a pouca resistência que muitos têm ao extremismo. Seria, pois, de uma enorme proficuidade que se refreassem alguns ânimos, num espírito de diálogo e de abertura, precisamente aquilo que deveria o apanágio da Igreja.
O Público online dá conta das reacções da comunidade islâmica em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1356109&idCanal=62
Os que criticaram as palavras de D. José Policarpo - e eu incluo-me nesse rol - foram imediatamente acusados de serem reféns do politicamente correcto e por essa razão, as suas posições são imediatamente desconsideradas. Isto apesar de muitos de nós terem referido que as palavras do patriarca dividem mais do que unem, em particular numa altura em que a aproximação é essencial e o afastamento mostra ser contraproducente. No essencial a crítica recai nas consequências das palavras desta figura da Igreja.
Ou será que alguém com bom senso pensa que o caminho para atenuar aquilo que muitos designam por choque de civilizações passa por isolar as nossas diferenças e centrar o debate nessas diferenças? As afirmações do patriarca de Lisboa contribuem inexoravelmente para isolar as nossas diferenças - o papel da Igreja não deveria ser outro?
E aqueles que, eventualmente, possam considerar que existe muita ingenuidade nas afirmações anteriores que apresente uma solução alternativa ao diálogo e à aproximação das correntes mais moderadas do Islão - quando a cada dia que passa é demonstrado que o inverso tem resultados muito negativos.
Paralelamente, será difícil refutar algumas evidências, como o facto da comunidade muçulmana ser manifestamente pouco receptiva a uma maior abertura, mas não é seguramente com conselhos às jovens portuguesas para que não se casem com muçulmanos que se vai contribuir para esse espírito de maior abertura. Espírito esse que deveria ser um pilar da Igreja católica.
Nas opiniões expressas sobre as palavras de D. José Policarpo notas-se a pouca resistência que muitos têm ao extremismo. Seria, pois, de uma enorme proficuidade que se refreassem alguns ânimos, num espírito de diálogo e de abertura, precisamente aquilo que deveria o apanágio da Igreja.
O Público online dá conta das reacções da comunidade islâmica em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1356109&idCanal=62
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