Mário Soares escreveu um artigo no DN sobre a actual situação e sobre os perigos que as desigualdades e as injustiças acarretam. É verdade que o artigo do ex-Presidente da República não traz de novo e mais não faz do que sublinhar os perigos da actual conjuntura. Mário Soares também se debruça sobre a situação difícil que o país atravessa, situação que se vai agravar com a crise internacional.
Surgiram imediatamente vozes a criticar o artigo de Soares e, claro está, a pessoa. Em Portugal é-se demasiadas vezes preso por ter cão e preso por não o ter. Outros advogam que o artigo de Soares pode incentivar a atitudes mais revoltosas e revolucionárias. Isto como se as pessoas não soubessem e, principalmente, não sentissem as incomensuráveis dificuldades que já fazem parte da vida da maior parte dos cidadãos.
As semanas de violência que assolaram a Grécia são hoje um espectro que paira sobre a consciência de uma Europa sem respostas. A mera possibilidade das pessoas se insurgirem contra o actual estado de coisas assusta inexoravelmente quem está confortavelmente instalado. E essa ameaça de facto existe, embora eu tenha muitas dúvidas que se materialize em actos de violência. Para já.
De qualquer forma, o artigo de Mário Soares não é mais do que uma chamada de atenção: se as desigualdades persistirem ou até se aprofundarem; se a "delinquência" dos banqueiros não for punida; e, fundamentalmente, se o sistema permanecer inexpugnável, com a proliferação de off-shores e outros artifícios financeiros que potenciam as desigualdades, é possível que as pessoas se insurjam, restando apenas saber qual a forma que essa insurreição pode ter.
Assim, o artigo de Mário Soares é mais uma constatação de uma realidade perigosa do que qualquer outra coisa. Mas é também uma chamada de atenção para o que eventualmente poderá estar para vir, se tudo permanecer na mesma.
Surgiram imediatamente vozes a criticar o artigo de Soares e, claro está, a pessoa. Em Portugal é-se demasiadas vezes preso por ter cão e preso por não o ter. Outros advogam que o artigo de Soares pode incentivar a atitudes mais revoltosas e revolucionárias. Isto como se as pessoas não soubessem e, principalmente, não sentissem as incomensuráveis dificuldades que já fazem parte da vida da maior parte dos cidadãos.
As semanas de violência que assolaram a Grécia são hoje um espectro que paira sobre a consciência de uma Europa sem respostas. A mera possibilidade das pessoas se insurgirem contra o actual estado de coisas assusta inexoravelmente quem está confortavelmente instalado. E essa ameaça de facto existe, embora eu tenha muitas dúvidas que se materialize em actos de violência. Para já.
De qualquer forma, o artigo de Mário Soares não é mais do que uma chamada de atenção: se as desigualdades persistirem ou até se aprofundarem; se a "delinquência" dos banqueiros não for punida; e, fundamentalmente, se o sistema permanecer inexpugnável, com a proliferação de off-shores e outros artifícios financeiros que potenciam as desigualdades, é possível que as pessoas se insurjam, restando apenas saber qual a forma que essa insurreição pode ter.
Assim, o artigo de Mário Soares é mais uma constatação de uma realidade perigosa do que qualquer outra coisa. Mas é também uma chamada de atenção para o que eventualmente poderá estar para vir, se tudo permanecer na mesma.
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