O primeiro-ministro mostrou um optimismo que contrasta claramente com o realismo do ministro das Finanças. As declarações de José Sócrates não são propriamente surpreendentes. Afinal de contas, o primeiro-ministro de qualquer país não se pode juntar ao pessimismo reinante sob pena de agravar ainda mais a confiança que tem andando baixa. O problema nem está nas declarações optimistas de José Sócrates, mas na divergência entre essas declarações e as do ministro das Finanças.
Com efeito, o primeiro-ministro está a fazer o que é exigido nesta altura: mostrar aos portugueses que, paradoxalmente, há aspectos positivos na actual conjuntura económica. E com isso José Sócrates dá algum sinal de esperança às famílias e às empresas. A baixa das taxas de juro (ainda hoje está previsto um corte do BCE), a existência de uma inflação baixa e a descida acentuada no preço dos combustíveis são, de facto, boas notícias para todos. O grande problema da actual conjuntura é o emprego. E esse será a grande dificuldade que se vai impor ao Governo.
Todavia, o Executivo de José Sócrates tem vindo a tomar algumas medidas no sentido de cercear o mais do previsível problema do desemprego. E foi nesse sentido que ontem foram apresentadas medidas para o sector automóvel - um dos mais massacrados pela a actual crise. De qualquer modo, o desemprego vai continuar a crescer, obrigando, desta forma, a novas medidas de contenção e políticas que visem melhorar a competiividade das empresas.
Quanto ao ministro das Finanças, o sua perspectiva do problema é mais técnica e, em larga medida, mais realista. Ora, a crise internacional está a ter efeitos em todas as economias, sendo que os nossos parceiros económicos estão a ser severamente afectados. É também por esta razão que o ministro das Finanças não consegue esconder algum pessimismo relativamente ao ano que aproxima, contrastando, pois, com o optimismo de José Sócrates.
Estas divergências de posição são passíveis de serem profusamente aproveitadas pelos partidos da oposição. Em particular, pelos partidos de esquerda. Urge, portanto, que primeiro-ministro e o ministro das Finanças afinem o discurso, caso contrário o efeito que é seguramente desejado pelo primeiro-ministro, ou seja, conter a onda de pessimismo e falta de confiança que assola o país, perde qualquer força. Paralelamente, com estas divergências está-se a dar argumentos à oposição.
Com efeito, o primeiro-ministro está a fazer o que é exigido nesta altura: mostrar aos portugueses que, paradoxalmente, há aspectos positivos na actual conjuntura económica. E com isso José Sócrates dá algum sinal de esperança às famílias e às empresas. A baixa das taxas de juro (ainda hoje está previsto um corte do BCE), a existência de uma inflação baixa e a descida acentuada no preço dos combustíveis são, de facto, boas notícias para todos. O grande problema da actual conjuntura é o emprego. E esse será a grande dificuldade que se vai impor ao Governo.
Todavia, o Executivo de José Sócrates tem vindo a tomar algumas medidas no sentido de cercear o mais do previsível problema do desemprego. E foi nesse sentido que ontem foram apresentadas medidas para o sector automóvel - um dos mais massacrados pela a actual crise. De qualquer modo, o desemprego vai continuar a crescer, obrigando, desta forma, a novas medidas de contenção e políticas que visem melhorar a competiividade das empresas.
Quanto ao ministro das Finanças, o sua perspectiva do problema é mais técnica e, em larga medida, mais realista. Ora, a crise internacional está a ter efeitos em todas as economias, sendo que os nossos parceiros económicos estão a ser severamente afectados. É também por esta razão que o ministro das Finanças não consegue esconder algum pessimismo relativamente ao ano que aproxima, contrastando, pois, com o optimismo de José Sócrates.
Estas divergências de posição são passíveis de serem profusamente aproveitadas pelos partidos da oposição. Em particular, pelos partidos de esquerda. Urge, portanto, que primeiro-ministro e o ministro das Finanças afinem o discurso, caso contrário o efeito que é seguramente desejado pelo primeiro-ministro, ou seja, conter a onda de pessimismo e falta de confiança que assola o país, perde qualquer força. Paralelamente, com estas divergências está-se a dar argumentos à oposição.
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