As últimas 48 horas na cidade de Bombaím têm sido marcadas pela violência e pelas incertezas. Mas importa procurar fazer uma análise o mais rigorosa possível, pese embora as incertezas sejam, neste momento, muitas. De facto as perguntas sucedem-se. Quem está por detrás da organização responsável pelos atentados? Quais foram as verdadeiras motivações? Há alguma ligação entre o grupo terrrorista em causa e a Al-Qaeda?
Existem contudo alguns elementos que nos permitem ficar mais perto da verdade. Em primeiro lugar, tudo indica que os responsáveis por este nível de violência são cidadãos de origem paquistanesa, o que nos permite ter mais algumas indicações sobre as motivações do grupo. Recorde-se a contenda que põe frente-a-frente, durante décadas, a Índia e o Paquistão e que dá notoriedade à região de Caxemira e que certamente será um elemento a considerar.
Em segundo lugar, não é possível dissociar esta questão do problema do Afeganistão e da por muitos considerada invasão americana. O Afeganistão tem a sua História mais recente marcada pela influência do Paquistão. Aliás, grande parte do processo de doutrinação que sustenta grupos radicais islâmicos tem origem no Paquistão. Em larga medida, os talibãs tiveram quer o apoio quer a doutrinação com origem no Paquistão. Ora, a intervenção militar americana no Afeganistão é severamente condenada, em particular pelos movimentos de cariz fundamentalista islâmico que continuam a dar apoio aos talibãs.
E, finalmente, a própria ideologia que alimenta grupos radicais e que se apoia muito nas ideias propaladas pela Al-Qaeda. A ideia dos EUA e de outros países ocidentais estarem em solo islâmico, chamemos-lhe assim, é intolerável para estes grupos radicais. Nesse perspectiva, o problema do Afeganistão é central para se perceber o que se está a passar em Bombaim. A Jihad, ou guerra santa, do ponto de vista destes grupos radicais, é a forma de combater o invasor, o infiél, o que lhe queiram chamar. E é a Jihad que é comum a todos estes grupos radicais de natureza fundamentalista islâmica.
Para concluir, importa referir que os EUA e outros países ocidentais serão invariavelmente os alvos destes grupos terroristas. Outras potênciais vítimas são danos colaterais e segundo os pregadores do radicalismo também são mártires. Tudo se torna mais incerto num momento de transição de presidência americana, e depois de políticas falhadas da Administração Bush que levaram à fragilização do país. No essencial, o combate ao terrorismo implica uma concertação de esforços, mas significa também que a existência de Estados falhados como é o caso do Afeganistão, e de outros, veja-se, por exemplo, a Somália, são rastilhos para a proliferação do terrorismo e da violência. Qualquer intervenção no sentido de combater o terrorismo tem que englobar o problema dos Estados falhados e da instabilidade que é criada em seu redor.
Existem contudo alguns elementos que nos permitem ficar mais perto da verdade. Em primeiro lugar, tudo indica que os responsáveis por este nível de violência são cidadãos de origem paquistanesa, o que nos permite ter mais algumas indicações sobre as motivações do grupo. Recorde-se a contenda que põe frente-a-frente, durante décadas, a Índia e o Paquistão e que dá notoriedade à região de Caxemira e que certamente será um elemento a considerar.
Em segundo lugar, não é possível dissociar esta questão do problema do Afeganistão e da por muitos considerada invasão americana. O Afeganistão tem a sua História mais recente marcada pela influência do Paquistão. Aliás, grande parte do processo de doutrinação que sustenta grupos radicais islâmicos tem origem no Paquistão. Em larga medida, os talibãs tiveram quer o apoio quer a doutrinação com origem no Paquistão. Ora, a intervenção militar americana no Afeganistão é severamente condenada, em particular pelos movimentos de cariz fundamentalista islâmico que continuam a dar apoio aos talibãs.
E, finalmente, a própria ideologia que alimenta grupos radicais e que se apoia muito nas ideias propaladas pela Al-Qaeda. A ideia dos EUA e de outros países ocidentais estarem em solo islâmico, chamemos-lhe assim, é intolerável para estes grupos radicais. Nesse perspectiva, o problema do Afeganistão é central para se perceber o que se está a passar em Bombaim. A Jihad, ou guerra santa, do ponto de vista destes grupos radicais, é a forma de combater o invasor, o infiél, o que lhe queiram chamar. E é a Jihad que é comum a todos estes grupos radicais de natureza fundamentalista islâmica.
Para concluir, importa referir que os EUA e outros países ocidentais serão invariavelmente os alvos destes grupos terroristas. Outras potênciais vítimas são danos colaterais e segundo os pregadores do radicalismo também são mártires. Tudo se torna mais incerto num momento de transição de presidência americana, e depois de políticas falhadas da Administração Bush que levaram à fragilização do país. No essencial, o combate ao terrorismo implica uma concertação de esforços, mas significa também que a existência de Estados falhados como é o caso do Afeganistão, e de outros, veja-se, por exemplo, a Somália, são rastilhos para a proliferação do terrorismo e da violência. Qualquer intervenção no sentido de combater o terrorismo tem que englobar o problema dos Estados falhados e da instabilidade que é criada em seu redor.
Comentários
Agradeço o colocar em destaque o meu blogue - clube dos pensadores.
Gosto do seu blogue é mimalista e com o azul que é a minha cor preferida.