José Sócrates e o seu Governo têm vindo a subir nas sondagens. Tal como se tinha previsto, a crise tem um impacto positivo para o Governo. Associado a isso, a oposição não tem capacidades para fazer frente a um Governo que é tudo forma e nada substância.
Deste modo, não é difícil prever que as próximas legislativas serão mais favoráveis ao partido do Governo, embora ainda falte um ano para esse período eleitoral. Importa também lembrar que, em alturas de crise, uma parte do eleitorado mostra-se mais avesso à mudança – há um pouco a ideia que postula a necessidade de estabilidade e que a mudança pode ser um risco. Tudo ganha uma dimensão maior num país reticente.
O primeiro-ministro e a sua equipa vão, assim, gerir o tempo até 2009, tendo perfeita noção que sem mudanças nos partidos da oposição, num contexto de crise cuja responsabilidade não é imputada ao Executivo de Sócrates, com a distribuição de benesses e com uma comunicação social, em muitos casos, subserviente, o próximo ano será muito favorável ao partido do Governo.
Por outro lado, o estado de letargia dos cidadãos e a relutância dos partidos políticos em mudar, condenam o país ao mais clamoroso insucesso. De facto, nestas condições, o empobrecimento do país não cessará e poderá mesmo vir associado a um aumento dos já habituais tiques de autoritarismo manifestados pelo actual Governo. Infelizmente, esses tiques de autoritarismo que se traduzem em estratégias de cerceamento das liberdades dos cidadãos, não incomodam sobremaneira os cidadãos; ou melhor, não são suficientes para condenar e penalizar o Governo.
Em suma, não é de admirar que um Governo que não mostrou muito mais do que a incapacidade em resolver os problemas do país venha a ser reeleito. Quando a oposição é anódina e quando os Portugueses se instalam na crise, José Sócrates tem razões para sorrir, venha ele ou não acompanhado pelo Magalhães.
Deste modo, não é difícil prever que as próximas legislativas serão mais favoráveis ao partido do Governo, embora ainda falte um ano para esse período eleitoral. Importa também lembrar que, em alturas de crise, uma parte do eleitorado mostra-se mais avesso à mudança – há um pouco a ideia que postula a necessidade de estabilidade e que a mudança pode ser um risco. Tudo ganha uma dimensão maior num país reticente.
O primeiro-ministro e a sua equipa vão, assim, gerir o tempo até 2009, tendo perfeita noção que sem mudanças nos partidos da oposição, num contexto de crise cuja responsabilidade não é imputada ao Executivo de Sócrates, com a distribuição de benesses e com uma comunicação social, em muitos casos, subserviente, o próximo ano será muito favorável ao partido do Governo.
Por outro lado, o estado de letargia dos cidadãos e a relutância dos partidos políticos em mudar, condenam o país ao mais clamoroso insucesso. De facto, nestas condições, o empobrecimento do país não cessará e poderá mesmo vir associado a um aumento dos já habituais tiques de autoritarismo manifestados pelo actual Governo. Infelizmente, esses tiques de autoritarismo que se traduzem em estratégias de cerceamento das liberdades dos cidadãos, não incomodam sobremaneira os cidadãos; ou melhor, não são suficientes para condenar e penalizar o Governo.
Em suma, não é de admirar que um Governo que não mostrou muito mais do que a incapacidade em resolver os problemas do país venha a ser reeleito. Quando a oposição é anódina e quando os Portugueses se instalam na crise, José Sócrates tem razões para sorrir, venha ele ou não acompanhado pelo Magalhães.
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