A recente condenação de Fátima Felgueiras de três dos vinte e três crimes de que era acusada é mais uma machadada na credibilidade da justiça portuguesa. Nem tão-pouco a fuga da autarca para o Brasil parece que venha a ser alvo de condenação. Numa altura em que os cidadãos se encontram entre o estado de exasperação com o funcionamento do país e os habituais momentos de letargia, o caso Fátima Felgueiras só vem confirmar aquilo que muitos consideram ser verdade - a justiça é ineficiente, em particular quando se trata do crime de corrupção
Ora, a corrupção e a inexistência de uma punição deste tipo de crime constitiu um elemento que mina indelevelmente a confiança que os cidadãos têm no país. E se o país travessa um longo período de problemas económicos, a verdade é que é precisamente nestas alturas que os cidadãos precisam de confiar nas suas instituições democráticas. A ideia que perpassa é a de um país em que existe um determinado tipo de comportamento, que até pode constituir crime, mas que passa impune. Foi assim com o caso Felgueiras, parece ser o caso do BPN, e de outros processos que invadem inocuamente os orgãos de comunicação social.
Em alturas de crise, em que as pessoas sentem diariamente que já perderam muito, não podem perder também a esperança. E se olharmos para a vitória de Barack Obama, vemos precisamente a vitória da esperança, ou do candidato que conseguiu ser exímio em passar essa mensagem de esperança.
No contexto político português, assistimos a uma multiplicidade de políticos a querem colar-se à vitória de Obama. Esquecem-se, contudo, que estão nos antípodas do recém-eleito Presidente dos Estados Unidos. Aqui não há esperança; há, ao invés, inércia dos partidos da oposição e inanidade e muita bazófia do Governo. O povo esse vai tolerando tudo, até o intolerável. A pergunta que se impõe é óbvia: até quando?
Ora, a corrupção e a inexistência de uma punição deste tipo de crime constitiu um elemento que mina indelevelmente a confiança que os cidadãos têm no país. E se o país travessa um longo período de problemas económicos, a verdade é que é precisamente nestas alturas que os cidadãos precisam de confiar nas suas instituições democráticas. A ideia que perpassa é a de um país em que existe um determinado tipo de comportamento, que até pode constituir crime, mas que passa impune. Foi assim com o caso Felgueiras, parece ser o caso do BPN, e de outros processos que invadem inocuamente os orgãos de comunicação social.
Em alturas de crise, em que as pessoas sentem diariamente que já perderam muito, não podem perder também a esperança. E se olharmos para a vitória de Barack Obama, vemos precisamente a vitória da esperança, ou do candidato que conseguiu ser exímio em passar essa mensagem de esperança.
No contexto político português, assistimos a uma multiplicidade de políticos a querem colar-se à vitória de Obama. Esquecem-se, contudo, que estão nos antípodas do recém-eleito Presidente dos Estados Unidos. Aqui não há esperança; há, ao invés, inércia dos partidos da oposição e inanidade e muita bazófia do Governo. O povo esse vai tolerando tudo, até o intolerável. A pergunta que se impõe é óbvia: até quando?
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