Primeiro falámos em turbulência, depois em impasse, e agora impõe-se a palavra "crise" para descrever o actual estado da Educação. Com os professores de costas voltadas para a equipa ministerial e os alunos a cavalgarem a onda de descontentamento, a ministra manifesta sérias dificuldades para resolver uma situação que já tem contornos de crise. De uma coisa podemos estar certos: a ministra já não tem condições políticas para se manter à frente da pasta da Educação, e só não cai porque as eleições estão à porta.
De facto, há algum tempo que nao se via tanto descontentamento. É notório que esse descontentamento é fruto de um acumular de situações que se estão a tornar insustentáveis e já nem o espírito reformista da ministra consegue escamotear os falhanços. O descontentamento começou a ganhar forma com a ostensiva antagonização de que os professores foram alvo; aumentou de intensidade com a filosofia impregnada de facilitismo que tomou conta da Educação; e ganhou uma dimensão incomensurável com o escandaloso processo de avaliação que está ser imposto aos professores.
A palavra "crise" adequa-se, portanto, perfeitamente. E não se vislumbra outra solução que não passe por um recuo do Governo; recuo esse que será interpretado como um passo atrás e como sendo mais uma derrota da impetuosidade reformista do Governo (a queda do ministro da Saúde e subsequente abandono das políticas constituiu outra derrota). A crise na educação corre o risco subir de intensidade se o ministério da Educação continuar a mostrar os seus laivos de prepotência.
O país não precisa de mais esta crise. O país não pode continuar a adiar a resolução para um problema que condiciona a nossa competitividade e nos condena à eterna situação de empobrecimento.
De facto, há algum tempo que nao se via tanto descontentamento. É notório que esse descontentamento é fruto de um acumular de situações que se estão a tornar insustentáveis e já nem o espírito reformista da ministra consegue escamotear os falhanços. O descontentamento começou a ganhar forma com a ostensiva antagonização de que os professores foram alvo; aumentou de intensidade com a filosofia impregnada de facilitismo que tomou conta da Educação; e ganhou uma dimensão incomensurável com o escandaloso processo de avaliação que está ser imposto aos professores.
A palavra "crise" adequa-se, portanto, perfeitamente. E não se vislumbra outra solução que não passe por um recuo do Governo; recuo esse que será interpretado como um passo atrás e como sendo mais uma derrota da impetuosidade reformista do Governo (a queda do ministro da Saúde e subsequente abandono das políticas constituiu outra derrota). A crise na educação corre o risco subir de intensidade se o ministério da Educação continuar a mostrar os seus laivos de prepotência.
O país não precisa de mais esta crise. O país não pode continuar a adiar a resolução para um problema que condiciona a nossa competitividade e nos condena à eterna situação de empobrecimento.
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