A Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES) propõe a chantagem mais original, e que se traduz pelo seguinte: se o Governo mantiver a proposta para aumento do salário mínimo, a ANPMES vai propor aos seus associados que não renovem os contratos a termo. A ANPMES mostra assim toda a mediocridadede de uma Associação que representa os pequenos e médios empresários, dando desta forma uma imagem que, em muitos casos, é totalmente desfasada da realidade.
Sendo certo que o país e o mundo atravessam uma crise de contornos ainda complexos de definir, o que não justifica, apesar de tudo, que os que trabalham em troca de um salário tão baixo, continuem a viver ligeiramente acima do limiar da pobreza, isto quando, apesar do seu trabalho, não vivem mesmo abaixo desse mesmo limiar.
A Associação em causa até poderá discordar do timing da proposta do Governo, mas sabe-se muito bem que para aumentos de salários não há propriamente bons timings. E mais: quando se continua a falar muito de produtividade, sem se ter apurado muito bem as causas dessa baixa produtividade, há uma tendência para colocar o onús da culpa nos trabalhadores. Desde logo, não ficava nada mal à ANPMES procurar contribuir para se estudar, com suficiente afinco, o problema, ao invés de fazer ameaças obscenas.
Por outro lado, importa referir o seguinte: se a ANPMES discorda do timing da proposta governamental, então que faça uma contra-proposta, indicando um calendário realista para o aumento do salário mínimo nacional. Não opte é por chantagens de trazer por casa. O Presidente da dita associação que não se esqueça que a tal crise de que tanto se fala e que tanto justifica, é para todos. E quem mais sofre, continuam a ser os mais pobres. Viver com quatrocentos e poucos euros é andar muito perto da pobreza, senão mesmo na pobreza. A competitividade das empresas não se faz à custa dos baixos salários - ou melhor faz-se, em países de terceiro mundo.
Sendo certo que o país e o mundo atravessam uma crise de contornos ainda complexos de definir, o que não justifica, apesar de tudo, que os que trabalham em troca de um salário tão baixo, continuem a viver ligeiramente acima do limiar da pobreza, isto quando, apesar do seu trabalho, não vivem mesmo abaixo desse mesmo limiar.
A Associação em causa até poderá discordar do timing da proposta do Governo, mas sabe-se muito bem que para aumentos de salários não há propriamente bons timings. E mais: quando se continua a falar muito de produtividade, sem se ter apurado muito bem as causas dessa baixa produtividade, há uma tendência para colocar o onús da culpa nos trabalhadores. Desde logo, não ficava nada mal à ANPMES procurar contribuir para se estudar, com suficiente afinco, o problema, ao invés de fazer ameaças obscenas.
Por outro lado, importa referir o seguinte: se a ANPMES discorda do timing da proposta governamental, então que faça uma contra-proposta, indicando um calendário realista para o aumento do salário mínimo nacional. Não opte é por chantagens de trazer por casa. O Presidente da dita associação que não se esqueça que a tal crise de que tanto se fala e que tanto justifica, é para todos. E quem mais sofre, continuam a ser os mais pobres. Viver com quatrocentos e poucos euros é andar muito perto da pobreza, senão mesmo na pobreza. A competitividade das empresas não se faz à custa dos baixos salários - ou melhor faz-se, em países de terceiro mundo.
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