A crise financeira que ganhou rapidamente dimensão internacional expõe todas a incongruências daqueles que olhavam embasbacados para o mercado e que o consideravam (e consideram) uma divindade. Quem prestou culto ao mercado, teve agora de fazer marcha-atrás e aceitar a inevitabilidade das intervenções do Estado – um regresso em força às teorias de John Keynes.
O plano de recuperação do Presidente Bush foi chumbado e procura-se uma alternativa, e na Europa começam as nacionalizações e aquisições de várias instituições bancárias. O último a ser notícia foi o gigante Fortis que desvalorizou mais de 60 por cento.
Nestas circunstâncias, todas as teorias que defendem a força dos mercados em oposição à intervenção do Estado perdem força. De qualquer forma, registe-se o à-vontade como muitos neoliberais aceitaram a intervenção em força dos Estados – o pragmatismo não abandona o modo de ser de muitos neoliberais.
Mas como vai ser o futuro desta gente? Que ideias vão defender? Toda a premissa de que o Estado deve ter uma intervenção mínima ou nula no funcionamento dos mercados não pode continuar a ser defendida, sob pena de se estar a cair numa incontornável contradição. Augura-se que os próximos tempos sejam difíceis para quem defende o neoliberalismo.
Paralelamente, esta é uma oportunidade de ouro para a esquerda moderada se evidenciar – esquerda essa que está em evidente queda na Europa, muito por razões que se prendem com as crescentes semelhanças entre a direita e a esquerda moderada, nomeadamente no que diz respeito à economia. A esquerda precisa agora de recuperar ideologicamente e, quando for caso disso, relembrar aos eleitores que sempre defendeu a regulação, a ética, a equidade e a transparência como elementos indissociáveis do funcionamento dos mercados. Esta crise representa uma oportunidade sem paralelo, nos últimos anos, para que a esquerda recupere a sua força. Afinal, os mais liberais de direita tiveram que engolir um enorme sapo com toda esta ainda não resolvida questão da crise financeira.
O plano de recuperação do Presidente Bush foi chumbado e procura-se uma alternativa, e na Europa começam as nacionalizações e aquisições de várias instituições bancárias. O último a ser notícia foi o gigante Fortis que desvalorizou mais de 60 por cento.
Nestas circunstâncias, todas as teorias que defendem a força dos mercados em oposição à intervenção do Estado perdem força. De qualquer forma, registe-se o à-vontade como muitos neoliberais aceitaram a intervenção em força dos Estados – o pragmatismo não abandona o modo de ser de muitos neoliberais.
Mas como vai ser o futuro desta gente? Que ideias vão defender? Toda a premissa de que o Estado deve ter uma intervenção mínima ou nula no funcionamento dos mercados não pode continuar a ser defendida, sob pena de se estar a cair numa incontornável contradição. Augura-se que os próximos tempos sejam difíceis para quem defende o neoliberalismo.
Paralelamente, esta é uma oportunidade de ouro para a esquerda moderada se evidenciar – esquerda essa que está em evidente queda na Europa, muito por razões que se prendem com as crescentes semelhanças entre a direita e a esquerda moderada, nomeadamente no que diz respeito à economia. A esquerda precisa agora de recuperar ideologicamente e, quando for caso disso, relembrar aos eleitores que sempre defendeu a regulação, a ética, a equidade e a transparência como elementos indissociáveis do funcionamento dos mercados. Esta crise representa uma oportunidade sem paralelo, nos últimos anos, para que a esquerda recupere a sua força. Afinal, os mais liberais de direita tiveram que engolir um enorme sapo com toda esta ainda não resolvida questão da crise financeira.
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