No dia em que é apresentado o Orçamento de Estado para 2009, importa reflectir sobre os efeitos que a crise internacional está a causar no Governo português. Importa também referir que o Executivo de José Sócrates está a lidar assertivamente com a crise financeira que se impõe e ainda vai impor mais nas vidas dos cidadãos. Concordando ou não com as políticas do Governo ao longo destes últimos três anos, a verdade é que o Governo tem lidado bem com a actual crise.
Quanto aos efeitos que esta crise pode causar no Governo, parece óbvio que esses efeitos poderão ser, paradoxalmente, positivo para as aspirações de José Sócrates, embora isso não aconteça pelas melhores razões. De facto, o país vive em crise há anos e, exceptuando a consolidação das contas públicas (com recurso ao aumento de receita) e a garantia de sustentabilidade da segurança social, o Executivo de José Sócrates não conseguiu ir mais além. A crise que já existia pode confundir-se agora com a crise internacional cuja responsabilidade não é de José Sócrates. Isto é, pode haver um efeito de alguma confusão – a crise que assola o país há anos ser obnubilada pela actual crise de contornos internacionais.
Por outro lado, o Governo tem agora mais margem de manobra – até porque conta com o aval de Bruxelas – na questão do défice, podendo assim aplicar mais dinheiro em políticas que permitam combater os efeitos da crise.
E, finalmente, a oposição que se afunda gradualmente na sua tibieza. À esquerda do PS, apesar de algum regozijo com os dramas do capitalismo, as suas limitações ideológicas não lhes permite ir além da retórica do costume que teima em colidir com a realidade quer do país, quer do mundo. À direita, a insipiência do CDS é confrangedora, e a liderança do PSD ainda não deu sinais de estar de facto viva.
Nestas circunstâncias, a crise poderá ter efeitos muito positivos para o futuro político do PS. É claro que não se pode subestimar os efeitos que a crise vai ter na economia real. Mas se o Governo mostrar a sua disponibilidade para ajudar os Portugueses a ultrapassar a crise, estando, porém, sempre subjacente que a crise não é da responsabilidade do Governo e que este apenas faz o que é possível, o futuro do Executivo de José Sócrates parece assim bem mais auspicioso.
Quanto aos efeitos que esta crise pode causar no Governo, parece óbvio que esses efeitos poderão ser, paradoxalmente, positivo para as aspirações de José Sócrates, embora isso não aconteça pelas melhores razões. De facto, o país vive em crise há anos e, exceptuando a consolidação das contas públicas (com recurso ao aumento de receita) e a garantia de sustentabilidade da segurança social, o Executivo de José Sócrates não conseguiu ir mais além. A crise que já existia pode confundir-se agora com a crise internacional cuja responsabilidade não é de José Sócrates. Isto é, pode haver um efeito de alguma confusão – a crise que assola o país há anos ser obnubilada pela actual crise de contornos internacionais.
Por outro lado, o Governo tem agora mais margem de manobra – até porque conta com o aval de Bruxelas – na questão do défice, podendo assim aplicar mais dinheiro em políticas que permitam combater os efeitos da crise.
E, finalmente, a oposição que se afunda gradualmente na sua tibieza. À esquerda do PS, apesar de algum regozijo com os dramas do capitalismo, as suas limitações ideológicas não lhes permite ir além da retórica do costume que teima em colidir com a realidade quer do país, quer do mundo. À direita, a insipiência do CDS é confrangedora, e a liderança do PSD ainda não deu sinais de estar de facto viva.
Nestas circunstâncias, a crise poderá ter efeitos muito positivos para o futuro político do PS. É claro que não se pode subestimar os efeitos que a crise vai ter na economia real. Mas se o Governo mostrar a sua disponibilidade para ajudar os Portugueses a ultrapassar a crise, estando, porém, sempre subjacente que a crise não é da responsabilidade do Governo e que este apenas faz o que é possível, o futuro do Executivo de José Sócrates parece assim bem mais auspicioso.
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