A crise financeira internacional está a abalar as economias de forma global. Os excessos de instituições financeiras e de seguradoras, a falta de ética e a política do laissez-faire resultaram numa crise cujos contornos são ainda difíceis de definir.
A AIG, a maior seguradora do mundo, foi uma das instituições a ser salva pela intervenção estatal, no caso concreto com 85 mil milhões de dólares. Foram, portanto, em última análise, os contribuintes a salvar a AIG da falência.
Ora, ao invés de se procurar responsabilizar quem esteve à frente da empresa, fez más avaliações de risco, foi ganancioso e, claro está, não demonstrou ter um único resquício de ética, alguns administradores da empresa foram passar férias a um hotel de luxo na Califórnia (uma semana depois da AIG ter sido salva). É claro que estes executivos não pagaram nada pelas férias, cujo valor total ascende os 300 mil euros.
A recente e inaudita crise poderia ser uma excelente janela de oportunidade para mudar o até agora “admirável mundo dos mercados financeiros”, passando também a responsabilizar quem é responsável directo por acções que comprometem o próprio funcionamento do mercado e prejudicam cidadãos e até países.
Na verdade, parece-me que vai ser a opinião pública mundial a exercer uma pressão nunca vista para que as mudanças necessárias sejam encetadas. A paciência dessa opinião pública está a ser testada todos os dias, seja com a necessidade de intervir com o seu dinheiro para corrigir erros que não são da sua responsabilidade, ainda para mais quando quem sofre as maiores consequências da crise é precisamente essa quem faz parte dessa opinião pública; agora, surge a notícia de férias luxuosas de quem é responsável pela crise, enquanto a generalidade das pessoas faz contas à vida e teme o dia de amanhã.
A ideia de que são os contribuintes a pagar a crise e as férias dos executivos responsáveis pela crise é mais uma das últimas gotas de água. A classe política será uma das vítimas do rápido esgotamento quer da paciência, quer do fim do imobilismo das pessoas.
A AIG, a maior seguradora do mundo, foi uma das instituições a ser salva pela intervenção estatal, no caso concreto com 85 mil milhões de dólares. Foram, portanto, em última análise, os contribuintes a salvar a AIG da falência.
Ora, ao invés de se procurar responsabilizar quem esteve à frente da empresa, fez más avaliações de risco, foi ganancioso e, claro está, não demonstrou ter um único resquício de ética, alguns administradores da empresa foram passar férias a um hotel de luxo na Califórnia (uma semana depois da AIG ter sido salva). É claro que estes executivos não pagaram nada pelas férias, cujo valor total ascende os 300 mil euros.
A recente e inaudita crise poderia ser uma excelente janela de oportunidade para mudar o até agora “admirável mundo dos mercados financeiros”, passando também a responsabilizar quem é responsável directo por acções que comprometem o próprio funcionamento do mercado e prejudicam cidadãos e até países.
Na verdade, parece-me que vai ser a opinião pública mundial a exercer uma pressão nunca vista para que as mudanças necessárias sejam encetadas. A paciência dessa opinião pública está a ser testada todos os dias, seja com a necessidade de intervir com o seu dinheiro para corrigir erros que não são da sua responsabilidade, ainda para mais quando quem sofre as maiores consequências da crise é precisamente essa quem faz parte dessa opinião pública; agora, surge a notícia de férias luxuosas de quem é responsável pela crise, enquanto a generalidade das pessoas faz contas à vida e teme o dia de amanhã.
A ideia de que são os contribuintes a pagar a crise e as férias dos executivos responsáveis pela crise é mais uma das últimas gotas de água. A classe política será uma das vítimas do rápido esgotamento quer da paciência, quer do fim do imobilismo das pessoas.
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