É assim que é descrita a crise que começou com problemas no sector do crédito hipotecário americano e que ainda está longe do fim. A falência do banco de investimento Lehman Brothers e a desconfiança e negativismo que essa falência gerou dá origem às mais horríficas profecias. A ideia de que esta crise é pior do que aquela que ficou conhecida por Grande Depressão parece, pois, fazer parte de algum exagero. Até porque hoje existem mecanismos diferentes daqueles que estavam ao dispor no final dos anos 20, princípio dos anos 30, nos Estados Unidos.
Seja como for, é relativamente consensual entre os especialistas que esta crise, ainda longe do fim, é muito grave e põe, de certa forma, à prova uma parte importante do sistema capitalista. O que não é o mesmo que dizer que esta crise é o último estertor do sistema capitalista, como tem sido prática de alguns comentadores.
O sistema terá os mecanismos necessários para fazer face a este novo desafio, o que não invalida a necessidade urgente de se pensar na necessidade de uma reforma do sistema financeiro. Uma reforma em que a pedra de toque seja a transparência, num contexto de regulação e fiscalização pelas instâncias supranacionais competentes. Ao contrário do que se passa actualmente e que justifica, em larga medida, o que se está a passar nos mercados financeiros.
A crise está relacionada com o aparecimento, sem controlo, de novos produtos, novos instrumentos financeiros cuja complexidade não deu espaço a medidas de contingência no caso de algo correr mal. Isto num contexto da mais desenfreada especulação. Por outro lado, esta crise que, como já foi referido, começou no mercado de subprime, é indissociável da irresponsabilidade e opacidade que caracterizam parte dos intervenientes, a começar pelas agências de rating.
Por último, ainda será cedo para se retirar ilações contundentes sobre a crise que varre o mundo. Se esta é a pior crise desde 1929, é difícil de responder com alguma acuidade. Todavia, podemos estar certos do seguinte: a avidez de lucro obnubila o discernimento de muitos dos tais intervenientes do sistema financeiro. Quando se concede crédito, por exemplo, sem o mínimo de critérios e de garantias – o que está subjacente à crise do subprime – alguém ficará seguramente a perder. O risco era demasiado elevado e a concessão de crédito está a chegar, para muitos especialistas, a um nível próximo de se tornar incomportável.
Seja como for, é relativamente consensual entre os especialistas que esta crise, ainda longe do fim, é muito grave e põe, de certa forma, à prova uma parte importante do sistema capitalista. O que não é o mesmo que dizer que esta crise é o último estertor do sistema capitalista, como tem sido prática de alguns comentadores.
O sistema terá os mecanismos necessários para fazer face a este novo desafio, o que não invalida a necessidade urgente de se pensar na necessidade de uma reforma do sistema financeiro. Uma reforma em que a pedra de toque seja a transparência, num contexto de regulação e fiscalização pelas instâncias supranacionais competentes. Ao contrário do que se passa actualmente e que justifica, em larga medida, o que se está a passar nos mercados financeiros.
A crise está relacionada com o aparecimento, sem controlo, de novos produtos, novos instrumentos financeiros cuja complexidade não deu espaço a medidas de contingência no caso de algo correr mal. Isto num contexto da mais desenfreada especulação. Por outro lado, esta crise que, como já foi referido, começou no mercado de subprime, é indissociável da irresponsabilidade e opacidade que caracterizam parte dos intervenientes, a começar pelas agências de rating.
Por último, ainda será cedo para se retirar ilações contundentes sobre a crise que varre o mundo. Se esta é a pior crise desde 1929, é difícil de responder com alguma acuidade. Todavia, podemos estar certos do seguinte: a avidez de lucro obnubila o discernimento de muitos dos tais intervenientes do sistema financeiro. Quando se concede crédito, por exemplo, sem o mínimo de critérios e de garantias – o que está subjacente à crise do subprime – alguém ficará seguramente a perder. O risco era demasiado elevado e a concessão de crédito está a chegar, para muitos especialistas, a um nível próximo de se tornar incomportável.
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