Depois de alguma expectativa criada em torno da declaração do Presidente da República ao país, Cavaco Silva escolheu falar aos Portugueses sobre as suas dúvidas relativamente ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. A expectativa subiu de tom, depois do Presidente da República ter interrompido as suas férias para fazer uma declaração ao país, e por não ser habitual Cavaco Silva fazer estas declarações.
De facto, a expectativa criada em torno da comunicação do Presidente talvez tenha sido excessiva, não retirando, porém, qualquer importância ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Não se tece críticas à demonstração do Presidente das suas preocupações, muito pelo contrário. Mas a forma como se aguardou e publicitou a declaração do Presidente pôde antever uma natureza das declarações que não coincidiam exactamente estas sobre os Açores.
Alguns meios de comunicação social especularam sobre o teor das declarações do Presidente, e, com efeito, o Estatuto dos Açores era um tema possível, mas outros foram avançados, designadamente a crise que se vive no país. Talvez por isso muitos tenham visto as suas expectativas goradas, porque apesar do interesse intrínseco do tema abordado pelo Presidente, esperava-se algo mais do que isso.
Em suma, o Presidente escolheu o momento que considerou oportuno para partilhar com os Portugueses as suas legítimas dúvidas sobre um Estatuto que poderá implicar mudanças inéditas do ponto de vista político-administrativo num quadro de autonomia. O clima que foi criado em torno dessas declarações é que deveria ter sido evitado. Fica sempre a possibilidade de que na próxima vez que o Presidente anunciar que vai falar ao país, poucos considerem que essas declarações sejam de facto determinantes.
Na verdade, o gabinete do Presidente caracterizou as declarações do Presidente como sendo “de grande interesse para o país”. E não obstante o interesse que o Estatuto Político-Administrativo dos Açores representa para o país, tenho grandes dúvidas que esse seja um problema que atormente a generalidade dos Portugueses. No entanto, não é de excluir a hipótese desta se tratar de uma primeira de muitas possíveis intervenções do Presidente da República, naquilo que não deixa de ser uma demonstração inequívoca dos poderes presidenciais.
De facto, a expectativa criada em torno da comunicação do Presidente talvez tenha sido excessiva, não retirando, porém, qualquer importância ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Não se tece críticas à demonstração do Presidente das suas preocupações, muito pelo contrário. Mas a forma como se aguardou e publicitou a declaração do Presidente pôde antever uma natureza das declarações que não coincidiam exactamente estas sobre os Açores.
Alguns meios de comunicação social especularam sobre o teor das declarações do Presidente, e, com efeito, o Estatuto dos Açores era um tema possível, mas outros foram avançados, designadamente a crise que se vive no país. Talvez por isso muitos tenham visto as suas expectativas goradas, porque apesar do interesse intrínseco do tema abordado pelo Presidente, esperava-se algo mais do que isso.
Em suma, o Presidente escolheu o momento que considerou oportuno para partilhar com os Portugueses as suas legítimas dúvidas sobre um Estatuto que poderá implicar mudanças inéditas do ponto de vista político-administrativo num quadro de autonomia. O clima que foi criado em torno dessas declarações é que deveria ter sido evitado. Fica sempre a possibilidade de que na próxima vez que o Presidente anunciar que vai falar ao país, poucos considerem que essas declarações sejam de facto determinantes.
Na verdade, o gabinete do Presidente caracterizou as declarações do Presidente como sendo “de grande interesse para o país”. E não obstante o interesse que o Estatuto Político-Administrativo dos Açores representa para o país, tenho grandes dúvidas que esse seja um problema que atormente a generalidade dos Portugueses. No entanto, não é de excluir a hipótese desta se tratar de uma primeira de muitas possíveis intervenções do Presidente da República, naquilo que não deixa de ser uma demonstração inequívoca dos poderes presidenciais.
Comentários