Numa altura em que as atenções políticas recaem sobre o debate da Nação, é boa altura para falar do país das maravilhas. Paradoxalmente, os cidadãos vivem em situação de contínua degradação da sua qualidade de vida, enquanto o Governo parece viver no país das maravilhas. E se o primeiro-ministro for com essa atitude, repleta de ilusões e propaganda, para o Parlamento, pode ser contraproducente para as aspirações do Executivo de José Sócrates.
Perguntar-me-ão: mas afinal que país das maravilhas pode ser este? Para o comum dos cidadãos é difícil associar Portugal à palavra maravilha, mas esse exercício é fácil para o Governo. Nessa medida, a área da Educação é sintomática da existência de um país das maravilhas para o Governo.
Não é por mero acaso que as médias dos exames nacionais conheceram, nos últimos anos, uma subida acentuada. Isso acontece porque vivemos no país das maravilhas, onde é possível que os alunos, em várias disciplinas, mas particularmente em matemática, desenvolvam miraculosamente competências que permitam atingir médias de 14 valores, quando há escassos anos atrás, essas médias rondavam os 8 valores.
No entanto, não são só os resultados prodigiosos na Educação que nos permitem concluir que vivemos, de facto, no país das maravilhas. E o que dizer então do facto de vivermos num país endividado, ou seja, um país cujas empresas, famílias e até o próprio Estado não têm margem para novos endividamentos, e muitos nem se sequer têm margem para fazer face ao aumento das taxas de juro, mas que almeja erigir obras públicas de grande envergadura?
O Governo, que atravessa um período conturbado não tanto pela conjuntura internacional desfavorável, mas precisamente porque essa conjuntura económica internacional pôs a nu todas as fragilidades de um país que adiou e continua a adiar as reformas e mudanças necessárias, insiste na tese de que vivemos todos no país das maravilhas. A prova disso é o abrandamento e abandono de reformas imprescindíveis que o país necessita. O Governo, porém, continua a agir como se estivesse a consolidar essas reformas e mudanças, quando na verdade abandonou-as em prol da vitória nas eleições que se aproximam.
Em suma, o Executivo procurará continuar a vender ilusões com a clara conivência de alguma comunicação social. O debate da Nação será apenas mais um dos inúmeros momentos em que o primeiro-ministro finge viver no país das maravilhas.
Perguntar-me-ão: mas afinal que país das maravilhas pode ser este? Para o comum dos cidadãos é difícil associar Portugal à palavra maravilha, mas esse exercício é fácil para o Governo. Nessa medida, a área da Educação é sintomática da existência de um país das maravilhas para o Governo.
Não é por mero acaso que as médias dos exames nacionais conheceram, nos últimos anos, uma subida acentuada. Isso acontece porque vivemos no país das maravilhas, onde é possível que os alunos, em várias disciplinas, mas particularmente em matemática, desenvolvam miraculosamente competências que permitam atingir médias de 14 valores, quando há escassos anos atrás, essas médias rondavam os 8 valores.
No entanto, não são só os resultados prodigiosos na Educação que nos permitem concluir que vivemos, de facto, no país das maravilhas. E o que dizer então do facto de vivermos num país endividado, ou seja, um país cujas empresas, famílias e até o próprio Estado não têm margem para novos endividamentos, e muitos nem se sequer têm margem para fazer face ao aumento das taxas de juro, mas que almeja erigir obras públicas de grande envergadura?
O Governo, que atravessa um período conturbado não tanto pela conjuntura internacional desfavorável, mas precisamente porque essa conjuntura económica internacional pôs a nu todas as fragilidades de um país que adiou e continua a adiar as reformas e mudanças necessárias, insiste na tese de que vivemos todos no país das maravilhas. A prova disso é o abrandamento e abandono de reformas imprescindíveis que o país necessita. O Governo, porém, continua a agir como se estivesse a consolidar essas reformas e mudanças, quando na verdade abandonou-as em prol da vitória nas eleições que se aproximam.
Em suma, o Executivo procurará continuar a vender ilusões com a clara conivência de alguma comunicação social. O debate da Nação será apenas mais um dos inúmeros momentos em que o primeiro-ministro finge viver no país das maravilhas.
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