O endividamento das famílias portuguesas atingiu proporções preocupantes. E se, por um lado, o endividamento não é necessariamente negativo; por outro, quando os níveis de endividamento atingiram dimensões excessivas e quando o sobreendividamento cresce exponencialmente a par do crédito malparado, a questão merece ser tratada com maior acuidade.
Os números são conhecidos: as dívidas dos Portugueses atingem 117 por cento do PIB; o crédito malparado cresceu 15 por cento no crédito concedido para habitação; o crédito malparado aumentou 50 por cento na concessão de outros créditos. Sabe-se também que os cidadãos estão endividados (há números que indicam que cada Português deverá cerca de 15 mil euros), as empresas estão endividadas e o Estado não consegue ser excepção.
As causas que subjazem aos níveis de endividamento com os quais os Portugueses são confrontados e ao agora aumento do incumprimento são igualmente conhecidas: crédito fácil e barato associado a um elevado nível das expectativas de cada um, na década de 90. A isto acrescente-se a inexistência de uma cultura financeira e uma proliferação de empresas financiadoras que actuam de forma predatória, praticando taxas de juro muito elevadas e o resultado dificilmente seria outro.
Infelizmente, a crise económica internacional só veio tornar mais difícil a vida de muitos Portugueses que já não têm margem de manobra para fazer face a conjunturas desfavoráveis. Importa referir que a estagnação salarial, o aumento do custo de vida, o recrudescimento do desemprego são factores que contribuem decisivamente para o desequilíbrio das contas de muitas famílias portuguesas.
A DECO tem coadjuvado muitas famílias em dificuldades – o trabalho levado a cabo pela associação do consumidor tem sido determinante para a recuperação da saúde financeira de muitos cidadãos. Os bancos e as entidades financiadoras, por sua vez, vão ter forçosamente de encontrar formas de renegociar os seus contractos com os clientes, de modo a aligeirar o esforço excessivo na prestação mensal. Será preferível a renegociação ao incumprimento e à difícil e morosa recuperação da dívida.
Finalmente, não é possível passar ao lado da responsabilidade individual de cada um. Sendo certo que o Estado português é o primeiro a dar o mau exemplo no que toca a viver acima das suas possibilidades, a verdade é que cada um de nós tem necessariamente de ser mais responsável e mais elucidado sobre estas questões. E essa é uma responsabilidade que só pode ser imputada a cada um de nós.
Os números são conhecidos: as dívidas dos Portugueses atingem 117 por cento do PIB; o crédito malparado cresceu 15 por cento no crédito concedido para habitação; o crédito malparado aumentou 50 por cento na concessão de outros créditos. Sabe-se também que os cidadãos estão endividados (há números que indicam que cada Português deverá cerca de 15 mil euros), as empresas estão endividadas e o Estado não consegue ser excepção.
As causas que subjazem aos níveis de endividamento com os quais os Portugueses são confrontados e ao agora aumento do incumprimento são igualmente conhecidas: crédito fácil e barato associado a um elevado nível das expectativas de cada um, na década de 90. A isto acrescente-se a inexistência de uma cultura financeira e uma proliferação de empresas financiadoras que actuam de forma predatória, praticando taxas de juro muito elevadas e o resultado dificilmente seria outro.
Infelizmente, a crise económica internacional só veio tornar mais difícil a vida de muitos Portugueses que já não têm margem de manobra para fazer face a conjunturas desfavoráveis. Importa referir que a estagnação salarial, o aumento do custo de vida, o recrudescimento do desemprego são factores que contribuem decisivamente para o desequilíbrio das contas de muitas famílias portuguesas.
A DECO tem coadjuvado muitas famílias em dificuldades – o trabalho levado a cabo pela associação do consumidor tem sido determinante para a recuperação da saúde financeira de muitos cidadãos. Os bancos e as entidades financiadoras, por sua vez, vão ter forçosamente de encontrar formas de renegociar os seus contractos com os clientes, de modo a aligeirar o esforço excessivo na prestação mensal. Será preferível a renegociação ao incumprimento e à difícil e morosa recuperação da dívida.
Finalmente, não é possível passar ao lado da responsabilidade individual de cada um. Sendo certo que o Estado português é o primeiro a dar o mau exemplo no que toca a viver acima das suas possibilidades, a verdade é que cada um de nós tem necessariamente de ser mais responsável e mais elucidado sobre estas questões. E essa é uma responsabilidade que só pode ser imputada a cada um de nós.
Comentários