A verdade por vezes pesa, nem que seja na consciência de alguns. É também por esta razão que as palavras de Bob Geldof sobre Angola incomodaram tanto – por um lado, põem em causa interesses de toda a natureza, em particular interesses económicos, mas o incómodo também está relacionado com o peso da verdade. Muitos daqueles que estavam presentes na conferência sobre desenvolvimento sustentável, patrocinada pelo BES, sentiram-se incomodados também com a crueza das palavras de Geldof, mas também com a verdade intrínseca a essas palavras.
É claro que muitos procuram distanciar-se do discurso corrosivo de Geldof que afirmou que “Angola é gerida por criminosos”. É evidente que ninguém com manifestos interesses neste país possuidor de vastos recursos, quer estar de alguma forma ligado a um discurso que seguramente exaspera os responsáveis políticos angolanos.
Angola é sobejamente conhecida pelas suas riquezas, de que o petróleo e os diamantes são apenas os exemplos mais sonantes, mas também é conhecida pela pobreza que assola o povo. O regime de Eduardo dos Santos, fielmente acompanhado e apoiado pelo seu séquito, parece pouco preocupado com a pobreza que martiriza o seu povo. E se, durante muitos anos, foi possível atribuir essa pobreza à guerra civil, hoje as desculpas e os subterfúgios começam a escassear.
De resto, não se justifica que um dos países mais ricos de África seja simultaneamente pobre, e que essa pobreza afecte exclusivamente o povo que se vê assim desprovido de qualquer instrumento para sair dessa pobreza endémica. Má redistribuição do dinheiro? Evidentemente. E tudo se torna mais grave quando se verifica que o regime vive na mais abjecta ostentação, usufruindo de todos os luxos imagináveis.
É neste contexto que se percebe e até se perfilha muito do que o activista irlandês Bob Geldof afirmou na conferência sobre desenvolvimento sustentável. O silêncio sobre as palavras de Geldof e a demarcação das suas críticas são claramente fundamentados com a existência de negócios com um país rico em recursos e a crescer economicamente.
Aliás, as estreitas relações entre China e Angola explicam-se com as similitudes existentes entre os dois regimes. Existe, pois, uma semelhança gritante entre estes dois regimes: ambos desprezam as necessidades e interesses dos seus cidadãos – na China, o que prevalece é o interesse supremo do Partido Comunista Chinês, que agora tem como objectivo enriquecer a qualquer custo; em Angola, interessa um enriquecimento das pessoas ligadas ao regime, à revelia, naturalmente, dos interesses e necessidades dos angolanos.
É claro que muitos procuram distanciar-se do discurso corrosivo de Geldof que afirmou que “Angola é gerida por criminosos”. É evidente que ninguém com manifestos interesses neste país possuidor de vastos recursos, quer estar de alguma forma ligado a um discurso que seguramente exaspera os responsáveis políticos angolanos.
Angola é sobejamente conhecida pelas suas riquezas, de que o petróleo e os diamantes são apenas os exemplos mais sonantes, mas também é conhecida pela pobreza que assola o povo. O regime de Eduardo dos Santos, fielmente acompanhado e apoiado pelo seu séquito, parece pouco preocupado com a pobreza que martiriza o seu povo. E se, durante muitos anos, foi possível atribuir essa pobreza à guerra civil, hoje as desculpas e os subterfúgios começam a escassear.
De resto, não se justifica que um dos países mais ricos de África seja simultaneamente pobre, e que essa pobreza afecte exclusivamente o povo que se vê assim desprovido de qualquer instrumento para sair dessa pobreza endémica. Má redistribuição do dinheiro? Evidentemente. E tudo se torna mais grave quando se verifica que o regime vive na mais abjecta ostentação, usufruindo de todos os luxos imagináveis.
É neste contexto que se percebe e até se perfilha muito do que o activista irlandês Bob Geldof afirmou na conferência sobre desenvolvimento sustentável. O silêncio sobre as palavras de Geldof e a demarcação das suas críticas são claramente fundamentados com a existência de negócios com um país rico em recursos e a crescer economicamente.
Aliás, as estreitas relações entre China e Angola explicam-se com as similitudes existentes entre os dois regimes. Existe, pois, uma semelhança gritante entre estes dois regimes: ambos desprezam as necessidades e interesses dos seus cidadãos – na China, o que prevalece é o interesse supremo do Partido Comunista Chinês, que agora tem como objectivo enriquecer a qualquer custo; em Angola, interessa um enriquecimento das pessoas ligadas ao regime, à revelia, naturalmente, dos interesses e necessidades dos angolanos.
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