O actual Governo, tal como a generalidade dos seus antecessores, manifestou ter dois rostos: um primeiro rosto das reformas e da impetuosidade reformista, que, entretanto, foi substituído por um segundo rosto – o rosto eleitoralista, ou se preferirmos, um rosto do pragmatismo eleitoralista. De facto, a metamorfose do Governo não é exclusiva do actual Executivo; os ciclos políticos coadunam-se com as diferentes realidades, mas o Executivo de José Sócrates parece ansioso por mudar de rosto do seu Governo e nem sequer tenta dissimular – ou se tenta, manifesta uma considerável inépcia – o pragmatismo eleitoralista que demonstra.
Em todo o caso, a tal mudança de rosto pode ser extemporânea, recorde-se que ainda falta algum tempo para as eleições legislativas, sendo certo, no entanto, que deste ano, com a aproximação do Verão e dos eventos desportivos que marcam o ano de 2008, já sobrará muito.
Nestas condições, o primeiro-ministro tem-se desdobrado em inaugurações e anúncios de novos investimentos ou de grandes obras públicas. Os restantes membros do Governo dividem-se em dois grupos: aqueles que também tem de anunciar as políticas iluminadas do Governo, e que por essa ordem de ideias vão ocupando o tempo de antena dos canais de televisão e páginas de jornais; e os ministros mais desgastados, que convém que não apareçam – o caso mais paradigmático é o da ministra da Educação, que tem andado mais ou menos desaparecida. Logo, são os secretários de Estado que têm aparecido em lugar da ministra, e o no futuro mais próximo, a ministra vai continuar afastada dos holofotes da comunicação social, pelo menos enquanto a sua imagem estiver associada a manifestações de rua, e até, de certa forma, a políticas nefastas que também são responsáveis pelo estado deplorável a que chegou a educação.
De um modo geral, o Governo vai continuar a linha que tem seguido, com maior insistência, nas últimas semanas. E talvez tenha sido o período mais complicado para o Governo – com manifestações de rua, acentuadas por uma sensação genérica de descontentamento – que tenha desencadeado, talvez prematuramente, a mudança de estratégia do Governo. Todavia, o Governo já tinha ensaiado essa mudança de estratégia: a polémica questão do aborto foi um ensaio geral de uma estratégia que visa agradar as hostes de esquerda que tanto têm criticado o Governo de Sócrates.
Paralelamente, o Executivo de José Sócrates vai insistir, com particular veemência, na imagem bacoca de um Governo que tem obra feita para mostrar, e quando não tem, anuncia que tem; e por outro lado, o Governo vai insistir em medidas de redução da carga fiscal (a baixa de um por cento do IVA é apenas o inicio) e da execução de políticas de cariz social – uma espécie de recompensa aos portugueses.
De notar que esta mudança de rosto deste Governo, não é propriamente original, e que em política é assim que tudo se processa, mas não deixa de ser contraproducente para o país que assim seja.
Em todo o caso, a tal mudança de rosto pode ser extemporânea, recorde-se que ainda falta algum tempo para as eleições legislativas, sendo certo, no entanto, que deste ano, com a aproximação do Verão e dos eventos desportivos que marcam o ano de 2008, já sobrará muito.
Nestas condições, o primeiro-ministro tem-se desdobrado em inaugurações e anúncios de novos investimentos ou de grandes obras públicas. Os restantes membros do Governo dividem-se em dois grupos: aqueles que também tem de anunciar as políticas iluminadas do Governo, e que por essa ordem de ideias vão ocupando o tempo de antena dos canais de televisão e páginas de jornais; e os ministros mais desgastados, que convém que não apareçam – o caso mais paradigmático é o da ministra da Educação, que tem andado mais ou menos desaparecida. Logo, são os secretários de Estado que têm aparecido em lugar da ministra, e o no futuro mais próximo, a ministra vai continuar afastada dos holofotes da comunicação social, pelo menos enquanto a sua imagem estiver associada a manifestações de rua, e até, de certa forma, a políticas nefastas que também são responsáveis pelo estado deplorável a que chegou a educação.
De um modo geral, o Governo vai continuar a linha que tem seguido, com maior insistência, nas últimas semanas. E talvez tenha sido o período mais complicado para o Governo – com manifestações de rua, acentuadas por uma sensação genérica de descontentamento – que tenha desencadeado, talvez prematuramente, a mudança de estratégia do Governo. Todavia, o Governo já tinha ensaiado essa mudança de estratégia: a polémica questão do aborto foi um ensaio geral de uma estratégia que visa agradar as hostes de esquerda que tanto têm criticado o Governo de Sócrates.
Paralelamente, o Executivo de José Sócrates vai insistir, com particular veemência, na imagem bacoca de um Governo que tem obra feita para mostrar, e quando não tem, anuncia que tem; e por outro lado, o Governo vai insistir em medidas de redução da carga fiscal (a baixa de um por cento do IVA é apenas o inicio) e da execução de políticas de cariz social – uma espécie de recompensa aos portugueses.
De notar que esta mudança de rosto deste Governo, não é propriamente original, e que em política é assim que tudo se processa, mas não deixa de ser contraproducente para o país que assim seja.
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