As evidências de que Robert Mugabe não tenciona abandonar pacificamente o poder no Zimbabué começam a ganhar força. Os últimos dias foram marcados por acusações, por parte da Human Rights Watch de tortura no Zimbabué, e por acusações do líder da oposição que apontam para uma preparação de guerra por parte de Robert Mugabe.
Na verdade, dez pessoas foram mortas desde as eleições de 29 de Março e 400 pessoas foram detidas; já para não falar dos milhares de deslocados, pelo menos três mil pessoas já abandonaram o território.
Depois das eleições, designadamente após a vitória do partido opositor a Mugabe, o MDC, ter vencido o parlamento, começou a desenhar-se, segundo algumas análises, um cenário de possível afastamento do velho ditador. Todas as teses estão a ser paulatinamente afastadas pela evidência que mostra um Mugabe agarrado ao poder e pouco disposto a aceitar os resultados das eleições, se estas, naturalmente, lhe forem desfavoráveis. Por outro lado, os tumultos que se têm verificado entre partidários de Mugabe, ligados ao partido ZANU-PP e entre apoiantes do partido da oposição, o MDC, são mais um motivo de acentuada preocupação no que diz respeito ao futuro do Zimbabué.
Aliás, o futuro deste país tem sido reiteradamente comprometido pela governação do velho ditador. A economia do Zimbabué está arruinada, a esperança média de vida dos zimbabueanos é das mais baixas do continente africano, o desemprego e a pobreza são endémicos. Ora, o Zimbabué simplesmente não tem futuro enquanto o velho ditador se mantiver agarrado às rédeas do poder. Além disso, a possibilidade de assistirmos a uma escalada de violência neste país africano não é de desconsiderar.
Nestas circunstâncias, exigir-se-ia mais dos países vizinhos e da União Africana. Com efeito, a África do Sul tem tido um papel mais activo na mediação da querela, mas ainda assim insuficiente, e manifestando, por vezes, uma acção um pouco tendenciosa. Mas o continente africano, na sua generalidade, tem-se mantido relativamente afastado do problema do Zimbabué. Recorde-se que Robert Mugabe é ainda, aos olhos de muito africanos, um libertador, um herói, um exemplo longe do despotismo de que é acusado.
De resto, os problemas no seio do continente africano precisam de uma solução concertada por uma África politicamente mais forte. A difícil situação do Zimbabué representa uma excelente oportunidade dos países africanos mostrarem que são capazes de contribuir para solucionar os conflitos que assolam o continente. Até agora esse cenário está longe de se concretizar no Zimbabué.
Na verdade, dez pessoas foram mortas desde as eleições de 29 de Março e 400 pessoas foram detidas; já para não falar dos milhares de deslocados, pelo menos três mil pessoas já abandonaram o território.
Depois das eleições, designadamente após a vitória do partido opositor a Mugabe, o MDC, ter vencido o parlamento, começou a desenhar-se, segundo algumas análises, um cenário de possível afastamento do velho ditador. Todas as teses estão a ser paulatinamente afastadas pela evidência que mostra um Mugabe agarrado ao poder e pouco disposto a aceitar os resultados das eleições, se estas, naturalmente, lhe forem desfavoráveis. Por outro lado, os tumultos que se têm verificado entre partidários de Mugabe, ligados ao partido ZANU-PP e entre apoiantes do partido da oposição, o MDC, são mais um motivo de acentuada preocupação no que diz respeito ao futuro do Zimbabué.
Aliás, o futuro deste país tem sido reiteradamente comprometido pela governação do velho ditador. A economia do Zimbabué está arruinada, a esperança média de vida dos zimbabueanos é das mais baixas do continente africano, o desemprego e a pobreza são endémicos. Ora, o Zimbabué simplesmente não tem futuro enquanto o velho ditador se mantiver agarrado às rédeas do poder. Além disso, a possibilidade de assistirmos a uma escalada de violência neste país africano não é de desconsiderar.
Nestas circunstâncias, exigir-se-ia mais dos países vizinhos e da União Africana. Com efeito, a África do Sul tem tido um papel mais activo na mediação da querela, mas ainda assim insuficiente, e manifestando, por vezes, uma acção um pouco tendenciosa. Mas o continente africano, na sua generalidade, tem-se mantido relativamente afastado do problema do Zimbabué. Recorde-se que Robert Mugabe é ainda, aos olhos de muito africanos, um libertador, um herói, um exemplo longe do despotismo de que é acusado.
De resto, os problemas no seio do continente africano precisam de uma solução concertada por uma África politicamente mais forte. A difícil situação do Zimbabué representa uma excelente oportunidade dos países africanos mostrarem que são capazes de contribuir para solucionar os conflitos que assolam o continente. Até agora esse cenário está longe de se concretizar no Zimbabué.
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