O maior partido da oposição no Zimbabué, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), anunciou que conseguiu 60 por cento dos votos nas últimas eleições; alguns órgãos de comunicação social têm veiculado a informação que indica que Robert Mugabe não está disposto a disputar uma segunda volta. Se estas informações se confirmarem podemos estar a testemunhar um momento histórico – o fim de uma era, o fim da era Mugabe. De qualquer modo, hoje foi notícia que o partido de Robert Mugabe perdeu maioria no parlamento. Contudo, é prudente esperar, até porque a contagem dos votos está a demorar mais tempo do que o esperado.
O Zimbabué necessita de uma mudança radical, volvidas que estão quase três décadas de poder absoluto de Mugabe. Os custos para o país são incomensuráveis: a economia é um desastre, com taxas de inflação inacreditáveis e com uma taxa de desemprego que afasta a maior parte da população de um emprego. Neste contexto, não é de estranhar que a fome e a pobreza constituam o cenário de um país que já foi considerado o “celeiro de África”.
Mas afinal, o que é que mudou para Mugabe sair da cena política do Zimbabué? E depois de décadas de silenciamento da comunicação social e dos seus opositores políticos, o que é que mudou em Mugabe para nem sequer disputar uma segunda volta? Talvez a idade. Talvez os resultados expressivos conseguidos pelos partidos da oposição, em particular, por parte do MDC. Talvez a conjugação dos dois factores. Seja como for, a verdade é que todos os indícios apontam para uma mudança de regime no Zimbabué – óptima notícia para o Zimbabué e excelentes notícias para África.
O Zimbabué fica, porém, marcado pelos quase trinta anos de ditadura encabeçada por Robert Mugabe. Para além do desastre económico, o Zimbabué foi palco de massacres, de cerceamento da liberdade de expressão, do assassinato de opositores políticos de Robert Mugabe, do saqueamento de terras, designadamente de proprietários brancos, para serem distribuídas pela população pobre – uma espécie de amálgama de reforma agrária com o racismo ignóbil, com os resultados óbvios, invariavelmente negativos.
O saqueamento de terras e subsequente distribuição contribuíram para o a desgraça económica e para o isolamento do Zimbabué – a União Europeia aplicou sanções ao Zimbabué, e Robert Mugabe é considerado persona non grata em território europeu, como bem se viu por altura da Cimeira Europa-África organizada pela presidência portuguesa da União Europeia.
Não é excessivo afirmar que o Zimbabué vai poder virar a página, regressando ao caminho da democracia e do desenvolvimento económico e social. Não será difícil antever um futuro muito mais auspicioso agora que o regime de Mugabe parece aproximar-se vertiginosamente de um fim: o isolamento do Zimbabué chegará certamente a um fim e o consequente levantamento das sanções, um regresso à Commonwealth e ao FMI são outras fortes possibilidades para o Zimbabué. De qualquer modo, este é um país que necessita de ajuda, particularmente no domínio da economia que se encontra arruinada. Mas tudo isto só será possível se Mugabe se afastar da presidência do Zimbabué, se o Exercito e a polícia apenas intervierem em favor da verdade dos resultados eleitorais, e se os apoiantes de Mugabe aceitem a derrota.
O Zimbabué necessita de uma mudança radical, volvidas que estão quase três décadas de poder absoluto de Mugabe. Os custos para o país são incomensuráveis: a economia é um desastre, com taxas de inflação inacreditáveis e com uma taxa de desemprego que afasta a maior parte da população de um emprego. Neste contexto, não é de estranhar que a fome e a pobreza constituam o cenário de um país que já foi considerado o “celeiro de África”.
Mas afinal, o que é que mudou para Mugabe sair da cena política do Zimbabué? E depois de décadas de silenciamento da comunicação social e dos seus opositores políticos, o que é que mudou em Mugabe para nem sequer disputar uma segunda volta? Talvez a idade. Talvez os resultados expressivos conseguidos pelos partidos da oposição, em particular, por parte do MDC. Talvez a conjugação dos dois factores. Seja como for, a verdade é que todos os indícios apontam para uma mudança de regime no Zimbabué – óptima notícia para o Zimbabué e excelentes notícias para África.
O Zimbabué fica, porém, marcado pelos quase trinta anos de ditadura encabeçada por Robert Mugabe. Para além do desastre económico, o Zimbabué foi palco de massacres, de cerceamento da liberdade de expressão, do assassinato de opositores políticos de Robert Mugabe, do saqueamento de terras, designadamente de proprietários brancos, para serem distribuídas pela população pobre – uma espécie de amálgama de reforma agrária com o racismo ignóbil, com os resultados óbvios, invariavelmente negativos.
O saqueamento de terras e subsequente distribuição contribuíram para o a desgraça económica e para o isolamento do Zimbabué – a União Europeia aplicou sanções ao Zimbabué, e Robert Mugabe é considerado persona non grata em território europeu, como bem se viu por altura da Cimeira Europa-África organizada pela presidência portuguesa da União Europeia.
Não é excessivo afirmar que o Zimbabué vai poder virar a página, regressando ao caminho da democracia e do desenvolvimento económico e social. Não será difícil antever um futuro muito mais auspicioso agora que o regime de Mugabe parece aproximar-se vertiginosamente de um fim: o isolamento do Zimbabué chegará certamente a um fim e o consequente levantamento das sanções, um regresso à Commonwealth e ao FMI são outras fortes possibilidades para o Zimbabué. De qualquer modo, este é um país que necessita de ajuda, particularmente no domínio da economia que se encontra arruinada. Mas tudo isto só será possível se Mugabe se afastar da presidência do Zimbabué, se o Exercito e a polícia apenas intervierem em favor da verdade dos resultados eleitorais, e se os apoiantes de Mugabe aceitem a derrota.
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