Para além da crise dos mercados financeiros e a crise do petróleo, surge agora a crise alimentar mundial. Segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU, 30 países estão em situação muito complicada, 22 deles no continente africano. São várias as razões apontadas para justificar a crise: registou-se um aumento significativo da procura, com o aumento das necessidades de potências emergentes como o caso da China e da Índia; quebras nos stocks e países com a Argentina viram-se para o consumo interno; aumento do preço dos combustíveis; a utilização crescente de biocombustíveis; a displicência com se tem olhado para a agricultura.
De um modo geral, aponta-se uma conjuntura de factores para justificar esta crise, mas existe um outro factor que tem vindo a determinar o preço dos alimentos, designadamente dos cereais: a especulação. A ONU estima que a especulação seja uma das principais razões que explicam o aumento brutal dos alimentos.
Se a sobrevivência era a palavra-chave para a vida de muitos, agora essa sobrevivência é fortemente colocada em causa. Em países em que a fome sempre marcou presença, a vida de muitos seres humanos pode ser de facto impossível. Há previsões que apontam para que a comida simplesmente não chegue para todos. E, por outro lado, é fundamental que se atenuem, no plano do imediato, as consequências da crise; mas é igualmente importante que encetem novas estratégias de sustentabilidade e novas políticas relativas à agricultura.
Entretanto, o preço dos cereais continua a sua escalada. Regista-se aumentos superiores a 40 por cento, o que é trágico para quem vive com rendimentos escassos, e para quem necessita permanentemente de ajuda externa. É neste contexto que se vislumbram tempos difíceis para muitos países, designadamente para países africanos.
Note-se que a escassez de alimentos dá origem a novos focos de tensão. As rebeliões tornam-se impossíveis de travar porque é de sobrevivência que se trata. Consequentemente, é previsível que se registem novos focos de instabilidade, como já se verificou no Haiti ou no Egipto.
A fome não é, pois, um fantasma do passado. Aliás, muitos países conhecem essa realidade no dia-a-dia, durante décadas. Todavia, tudo se vai complicar, precisamente porque à escassez, junta-se a impossibilidade – devido à inexistência de recursos – de muitos seres humanos sobreviverem. A ajuda internacional é uma necessidade premente, mas em simultâneo, espera-se que os países ricos revejam as suas políticas proteccionistas.
De um modo geral, aponta-se uma conjuntura de factores para justificar esta crise, mas existe um outro factor que tem vindo a determinar o preço dos alimentos, designadamente dos cereais: a especulação. A ONU estima que a especulação seja uma das principais razões que explicam o aumento brutal dos alimentos.
Se a sobrevivência era a palavra-chave para a vida de muitos, agora essa sobrevivência é fortemente colocada em causa. Em países em que a fome sempre marcou presença, a vida de muitos seres humanos pode ser de facto impossível. Há previsões que apontam para que a comida simplesmente não chegue para todos. E, por outro lado, é fundamental que se atenuem, no plano do imediato, as consequências da crise; mas é igualmente importante que encetem novas estratégias de sustentabilidade e novas políticas relativas à agricultura.
Entretanto, o preço dos cereais continua a sua escalada. Regista-se aumentos superiores a 40 por cento, o que é trágico para quem vive com rendimentos escassos, e para quem necessita permanentemente de ajuda externa. É neste contexto que se vislumbram tempos difíceis para muitos países, designadamente para países africanos.
Note-se que a escassez de alimentos dá origem a novos focos de tensão. As rebeliões tornam-se impossíveis de travar porque é de sobrevivência que se trata. Consequentemente, é previsível que se registem novos focos de instabilidade, como já se verificou no Haiti ou no Egipto.
A fome não é, pois, um fantasma do passado. Aliás, muitos países conhecem essa realidade no dia-a-dia, durante décadas. Todavia, tudo se vai complicar, precisamente porque à escassez, junta-se a impossibilidade – devido à inexistência de recursos – de muitos seres humanos sobreviverem. A ajuda internacional é uma necessidade premente, mas em simultâneo, espera-se que os países ricos revejam as suas políticas proteccionistas.
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