Instalou-se uma acentuada tensão entre a Colômbia, Equador e Venezuela, depois da Colômbia ter empreendido uma incursão militar em território equatoriano da qual resultou a morte de um dos principais líderes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A reacção do Equador não se fez esperar, e o Presidente colombiano acusou os líderes venezuelano e equatoriano de “patrocinarem” as FARC – o que veio a intensificar o clima de clara animosidade entre estes países.
O forma de actuação da Colômbia é, sob todos pontos de vista, criticável, tendo em conta o desrespeito por um Estado soberano, no caso o Equador. Sabendo-se de antemão que as FARC constituem uma ameaça para a Colômbia e que se trata essencialmente de um grupo terrorista, é possível evocar algumas atenuantes para a decisão do Governo colombiano, mas no essencial, esta é uma situação a evitar. Recorde-se, contudo, que o Presidente Colombiano, Álvaro Uribe pediu desculpas pelo incidente.
É claro que o clima de instabilidade proporcionou a Hugo Chávez, Presidente venezuelano, um momento de voltar a brilhar. Chávez, com o seu estilo inefável, veio imediatamente a terreiro fazer uma demonstração de força, fazendo deslocar para a fronteira o Exército e a Força Aérea. E é mais uma oportunidade para relembrar ao povo sul-americano da existência do demónio ianque que está por detrás de todos os males que assolam a América do Sul.
É indubitável que Chávez alimenta-se deste tipo de momentos, em que pode simultaneamente fazer uma demonstração de força (há não muito tempo ameaçou fazer disparar o preço de petróleo) e demonizar os Estados Unidos. Com efeito, todo o ditador de trazer por casa precisa de um inimigo poderoso para, consequentemente, criar a ideia de um líder que protege o povo das más intenções desse inimigo. A isto acrescente-se o estilo grosseiro e agitador do Presidente Venezuelano e o resultado é curiosamente uma espécie de novela venezuelana de mau gosto, perdoem-me o pleonasmo.
Não obstante, o grave clima de tensão entre os países envolvidos na contenda, a probabilidade de eclodir uma guerra não parece ser muito forte. O Equador conta com o apadrinhamento da Venezuela, caso contrário, provavelmente já teria encontrado uma forma menos aguerrida de lidar com o assunto. A Colômbia, apesar de acreditar que o Equador, em menor grau, e a Venezuela, em maior grau apoiam as FARC, não parece ter intenções de levar a questão mais adiante. Resta a Venezuela e o seu inefável Presidente. Embora Chávez recorra ao seu espectáculo do costume, toda esta problemática servirá apenas para Chávez mostrar a proeminência das suas forças armadas e demonstrar a força da sua liderança através da denúncia das intenções imperiais americanas e do seu aliado, a Colômbia. Para já parece ser apenas espectáculo oferecido pelo Presidente Venezuelano. Espera-se que se trate apenas de mais um episódio da já conhecida novela venezuelana protagonizada por Hugo Chávez.
O forma de actuação da Colômbia é, sob todos pontos de vista, criticável, tendo em conta o desrespeito por um Estado soberano, no caso o Equador. Sabendo-se de antemão que as FARC constituem uma ameaça para a Colômbia e que se trata essencialmente de um grupo terrorista, é possível evocar algumas atenuantes para a decisão do Governo colombiano, mas no essencial, esta é uma situação a evitar. Recorde-se, contudo, que o Presidente Colombiano, Álvaro Uribe pediu desculpas pelo incidente.
É claro que o clima de instabilidade proporcionou a Hugo Chávez, Presidente venezuelano, um momento de voltar a brilhar. Chávez, com o seu estilo inefável, veio imediatamente a terreiro fazer uma demonstração de força, fazendo deslocar para a fronteira o Exército e a Força Aérea. E é mais uma oportunidade para relembrar ao povo sul-americano da existência do demónio ianque que está por detrás de todos os males que assolam a América do Sul.
É indubitável que Chávez alimenta-se deste tipo de momentos, em que pode simultaneamente fazer uma demonstração de força (há não muito tempo ameaçou fazer disparar o preço de petróleo) e demonizar os Estados Unidos. Com efeito, todo o ditador de trazer por casa precisa de um inimigo poderoso para, consequentemente, criar a ideia de um líder que protege o povo das más intenções desse inimigo. A isto acrescente-se o estilo grosseiro e agitador do Presidente Venezuelano e o resultado é curiosamente uma espécie de novela venezuelana de mau gosto, perdoem-me o pleonasmo.
Não obstante, o grave clima de tensão entre os países envolvidos na contenda, a probabilidade de eclodir uma guerra não parece ser muito forte. O Equador conta com o apadrinhamento da Venezuela, caso contrário, provavelmente já teria encontrado uma forma menos aguerrida de lidar com o assunto. A Colômbia, apesar de acreditar que o Equador, em menor grau, e a Venezuela, em maior grau apoiam as FARC, não parece ter intenções de levar a questão mais adiante. Resta a Venezuela e o seu inefável Presidente. Embora Chávez recorra ao seu espectáculo do costume, toda esta problemática servirá apenas para Chávez mostrar a proeminência das suas forças armadas e demonstrar a força da sua liderança através da denúncia das intenções imperiais americanas e do seu aliado, a Colômbia. Para já parece ser apenas espectáculo oferecido pelo Presidente Venezuelano. Espera-se que se trate apenas de mais um episódio da já conhecida novela venezuelana protagonizada por Hugo Chávez.
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