A crise que afectou o mercado de crédito dos Estados Unidos tem, inevitavelmente, impacto nas economias. Parece impor-se a premissa que indica o fim, para já, do dinheiro barato e fácil. Foi precisamente isso mesmo que os bancos portugueses vieram enfatizar esta semana. E um facto relevante que não pode ser ignorado prende-se com o endividamento dos bancos portugueses ao estrangeiro para fazer face à procura interna.
A crise do subprime, recorde-se, começou no mercado de crédito dos EUA – a facilidade de concessão de crédito, com más avaliações de risco, associadas à quebra dos preços das casas americanas resultaram numa crise cujas dimensões não são, apesar de tudo, bem conhecidas.
A crise alertou os bancos para os perigos que subjazem à concessão desmedida de crédito. Da mesma forma, há hoje um problema associado de liquidez, o que tem justificado as constantes injecções de dinheiros levadas a cabo pela Reserva Federal Americana e pelo Banco Central Europeu. Tudo se complica quando se constatam os maus resultados do sector da banca – o mau desempenho de alguns bancos americanos é mais um sinal de inquietação.
Com este pano de fundo, o alerta dos bancos portugueses para um acréscimo na dificuldade no acesso ao crédito e a possibilidade de alguns aumentos dos spreads é a face mais visível dos efeitos da crise do subprime na economia portuguesa. Hoje o acesso ao crédito vai sofrer dificuldades acrescidas e confirma-se, para já, o fim do dinheiro barato. Não deixa, no entanto, de ser curioso verificar esta chamada de atenção por parte dos bancos – frisando a possibilidade de aumentar as suas margens de lucro – quando este sector tem sido notícia, há anos, pelos resultados muito positivos que se traduzem em lucros exponenciais. Ainda assim, a possibilidade de um aumento dos spreads parece ser uma inevitabilidade.
Ora, tudo isto se passa num país cujas empresas e famílias estão, em muitos casos, no limite máximo do endividamento. A dificuldade no acesso ao crédito pode ter um efeito positivo, precisamente no sentido de atenuar os elevados níveis de endividamento, mas há um lado mais sombrio que importa referir: algumas empresas podem sentir dificuldades acrescidas e até mesmo adiarem investimentos devido às restrições no acesso ao crédito; há também vários sectores de actividade que dependem, em larga medida, do crédito, designadamente, o sector imobiliário. A isto acresce as óbvias consequências ao nível do consumo interno.
Doravante o acesso ao crédito, em particular, o crédito barato, vai sofrer restrições. Resta saber o impacto dessas restrições na economia. De qualquer modo, os efeitos da crise do subprime nos Estados Unidos tiveram consequências muito graves, designadamente com a falência de empresas do sector imobiliário e empresas de financiamento; já para não falar da decepção de muitos americanos que depositaram as suas economias em casas que, posteriormente, sofreram desvalorizações muito acentuadas. No caso português, os efeitos já se sentiam, de certa forma - a diferença é que agora é oficial: o dinheiro barato, com acesso facilitado, acabou. Até ver.
A crise do subprime, recorde-se, começou no mercado de crédito dos EUA – a facilidade de concessão de crédito, com más avaliações de risco, associadas à quebra dos preços das casas americanas resultaram numa crise cujas dimensões não são, apesar de tudo, bem conhecidas.
A crise alertou os bancos para os perigos que subjazem à concessão desmedida de crédito. Da mesma forma, há hoje um problema associado de liquidez, o que tem justificado as constantes injecções de dinheiros levadas a cabo pela Reserva Federal Americana e pelo Banco Central Europeu. Tudo se complica quando se constatam os maus resultados do sector da banca – o mau desempenho de alguns bancos americanos é mais um sinal de inquietação.
Com este pano de fundo, o alerta dos bancos portugueses para um acréscimo na dificuldade no acesso ao crédito e a possibilidade de alguns aumentos dos spreads é a face mais visível dos efeitos da crise do subprime na economia portuguesa. Hoje o acesso ao crédito vai sofrer dificuldades acrescidas e confirma-se, para já, o fim do dinheiro barato. Não deixa, no entanto, de ser curioso verificar esta chamada de atenção por parte dos bancos – frisando a possibilidade de aumentar as suas margens de lucro – quando este sector tem sido notícia, há anos, pelos resultados muito positivos que se traduzem em lucros exponenciais. Ainda assim, a possibilidade de um aumento dos spreads parece ser uma inevitabilidade.
Ora, tudo isto se passa num país cujas empresas e famílias estão, em muitos casos, no limite máximo do endividamento. A dificuldade no acesso ao crédito pode ter um efeito positivo, precisamente no sentido de atenuar os elevados níveis de endividamento, mas há um lado mais sombrio que importa referir: algumas empresas podem sentir dificuldades acrescidas e até mesmo adiarem investimentos devido às restrições no acesso ao crédito; há também vários sectores de actividade que dependem, em larga medida, do crédito, designadamente, o sector imobiliário. A isto acresce as óbvias consequências ao nível do consumo interno.
Doravante o acesso ao crédito, em particular, o crédito barato, vai sofrer restrições. Resta saber o impacto dessas restrições na economia. De qualquer modo, os efeitos da crise do subprime nos Estados Unidos tiveram consequências muito graves, designadamente com a falência de empresas do sector imobiliário e empresas de financiamento; já para não falar da decepção de muitos americanos que depositaram as suas economias em casas que, posteriormente, sofreram desvalorizações muito acentuadas. No caso português, os efeitos já se sentiam, de certa forma - a diferença é que agora é oficial: o dinheiro barato, com acesso facilitado, acabou. Até ver.
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