As reacções à notícia do PÚBLICO que dá conta de inconsistências durante um período em que o primeiro-ministro desempenhou funções de engenheiro técnico, são sintomáticas da existência de uma classe política pouco habituada ao escrutínio público e que tenta alimentar teorias da conspiração sempre que tem dificuldades em esclarecer o teor das notícias.
De facto, os tempos não têm sido fáceis para o Governo e para o PS – a contestação relativamente às políticas do SNS e a consequente remodelação governamental, o desemprego que não dá sinais de baixar significativamente, e a existência de um descontentamento mais ou menos latente do chamado país real, já para não falar da única verdadeira oposição às políticas do Governo e que Manuel Alegre tem protagonizado, aparecem como ameaças a um Governo aparentemente inabalável. Imagine-se então o primeiro-ministro com tantas dores de cabeça ter ainda de lidar com notícias de jornais que escrutinam a sua vida profissional. O resultado: um aumento do nervosismo do primeiro-ministro e de alguns elementos do PS.
As reacções do primeiro-ministro e, particularmente, de alguma militância do PS só pode ser explicada à luz de todos estes acontecimentos que resultaram num aumento do nervosismo destes protagonistas. A tentativa de envolver o dono do jornal que, alegadamente, terá uma agenda própria e que alimentará desejos de vingança, para além de insidioso, cai muito mal aos olhos da opinião pública. No meio destas acusações infundadas, ainda não se ouviu uma explicação clara sobre o que de facto se passou durante os anos em que o primeiro-ministro desempenhou as funções em causa.
Aqui reside o ónus da questão, ainda não se ouviu ou leu uma explicação cabal sobre os factos em questão. De resto, importa referir que a generalidade dos portugueses está mais preocupada com o atraso estrutural do país e com as dificuldades do dia-a-dia. Porém, não fica bem ao primeiro-ministro e a alguns elementos do PS reagirem como se tratasse de uma espécie de cabala encabeçada pelo jornal PÚBLICO, e paralelamente, mostrarem incomensuráveis dificuldades em explicar o que realmente se passou.
O nervosismo foi momentaneamente disfarçado por uma entrevista do primeiro-ministro à SIC – uma entrevista feita à medida do chefe de Governo. Mas a verdade é que esse nervosismo está crescer paulatinamente e torna-se mais evidente quando surgem notícias incómodas para uma classe política pouco habituada a ser escrutinada. Além disso, a propósito das qualificações dos jornalistas, pergunta-se o seguinte: o país tem sido governado, nos últimos 30 anos, em particular na última década, por pessoas alegadamente muito qualificadas, e o que é que temos para mostrar? Para além de um país estruturalmente atrasado e que se confronta com persistentes dificuldades? No essencial, ninguém gosta de artifícios semânticos que visam escamotear a verdade.
De facto, os tempos não têm sido fáceis para o Governo e para o PS – a contestação relativamente às políticas do SNS e a consequente remodelação governamental, o desemprego que não dá sinais de baixar significativamente, e a existência de um descontentamento mais ou menos latente do chamado país real, já para não falar da única verdadeira oposição às políticas do Governo e que Manuel Alegre tem protagonizado, aparecem como ameaças a um Governo aparentemente inabalável. Imagine-se então o primeiro-ministro com tantas dores de cabeça ter ainda de lidar com notícias de jornais que escrutinam a sua vida profissional. O resultado: um aumento do nervosismo do primeiro-ministro e de alguns elementos do PS.
As reacções do primeiro-ministro e, particularmente, de alguma militância do PS só pode ser explicada à luz de todos estes acontecimentos que resultaram num aumento do nervosismo destes protagonistas. A tentativa de envolver o dono do jornal que, alegadamente, terá uma agenda própria e que alimentará desejos de vingança, para além de insidioso, cai muito mal aos olhos da opinião pública. No meio destas acusações infundadas, ainda não se ouviu uma explicação clara sobre o que de facto se passou durante os anos em que o primeiro-ministro desempenhou as funções em causa.
Aqui reside o ónus da questão, ainda não se ouviu ou leu uma explicação cabal sobre os factos em questão. De resto, importa referir que a generalidade dos portugueses está mais preocupada com o atraso estrutural do país e com as dificuldades do dia-a-dia. Porém, não fica bem ao primeiro-ministro e a alguns elementos do PS reagirem como se tratasse de uma espécie de cabala encabeçada pelo jornal PÚBLICO, e paralelamente, mostrarem incomensuráveis dificuldades em explicar o que realmente se passou.
O nervosismo foi momentaneamente disfarçado por uma entrevista do primeiro-ministro à SIC – uma entrevista feita à medida do chefe de Governo. Mas a verdade é que esse nervosismo está crescer paulatinamente e torna-se mais evidente quando surgem notícias incómodas para uma classe política pouco habituada a ser escrutinada. Além disso, a propósito das qualificações dos jornalistas, pergunta-se o seguinte: o país tem sido governado, nos últimos 30 anos, em particular na última década, por pessoas alegadamente muito qualificadas, e o que é que temos para mostrar? Para além de um país estruturalmente atrasado e que se confronta com persistentes dificuldades? No essencial, ninguém gosta de artifícios semânticos que visam escamotear a verdade.
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