A estratégia de governação do primeiro-ministro tem vindo a sofrer significativas alterações. Este mandato começou com a imagem de um Governo determinado, frequentemente irascível, mas caracterizado pelo famigerado ímpeto reformista. Depois da forte contestação popular contra o encerramento de centros de saúde e urgências hospitalares, o primeiro-ministro decidiu mudar de ministro da Saúde. Essa mudança era, de certa forma, inevitável, mas também é o resultado da aproximação das eleições legislativas de 2009.
Não seria expectável que o primeiro-ministro procedesse a uma remodelação na área da Saúde se não fosse a aproximação de novas eleições. De facto, o que se verificou é que o ministro da Saúde se tinha tornado politicamente insustentável, e que a sua permanência poderia ter custos elevados para o futuro do primeiro-ministro. Consequentemente, a saída deste ministro tem como objectivo refrescar o ministério e convencer as pessoas de que as políticas do Governo para a Saúde são essenciais para a sustentabilidade do SNS, e o que falhou terá sido o próprio ministro da Saúde.
O custo político do descontentamento das populações – empolado ou não pela comunicação social – era demasiado elevado para um político que tem fortes pretensões de ser reeleito, de preferência com maioria absoluta.
Outra frente que terá de ser atacada pelo Governo é, inequivocamente, a que se refere às dificuldades sociais que são cada vez mais evidentes. Não é por acaso que só num dia, o Governo informou o país que novas políticas sociais serão implementadas – subsídios de natalidade, subidas no abono de família e reforço das reformas dos idosos com maiores dificuldades económicas. Curioso é verificar que o ministro Vieira da Silva, quando questionado sobre os custos destas políticas, não foi capaz de esboçar sequer uma resposta. Na ânsia de atenuar a insatisfação crescente dos portugueses – que não se verifica apenas na área da Saúde –, o Governo apresentou sem grande preparação as novas políticas sociais.
Espera-se que, nos próximos meses, o actual Executivo intensifique políticas de cariz social, com a aparente intenção de combater a pobreza, mas também com propósitos eleitoralistas. E mais: se existir a mínima margem orçamental, é de esperar também uma redução dos impostos, mesmo que seja uma redução mais simbólica do que prática. De uma coisa podemos estar certos: as reformas prometidas, designadamente na área da Administração Pública ficarão, por enquanto, na gaveta. Outras prioridades emergem quando se tem os olhos postos nas próximas eleições legislativas, em 2009.
Não seria expectável que o primeiro-ministro procedesse a uma remodelação na área da Saúde se não fosse a aproximação de novas eleições. De facto, o que se verificou é que o ministro da Saúde se tinha tornado politicamente insustentável, e que a sua permanência poderia ter custos elevados para o futuro do primeiro-ministro. Consequentemente, a saída deste ministro tem como objectivo refrescar o ministério e convencer as pessoas de que as políticas do Governo para a Saúde são essenciais para a sustentabilidade do SNS, e o que falhou terá sido o próprio ministro da Saúde.
O custo político do descontentamento das populações – empolado ou não pela comunicação social – era demasiado elevado para um político que tem fortes pretensões de ser reeleito, de preferência com maioria absoluta.
Outra frente que terá de ser atacada pelo Governo é, inequivocamente, a que se refere às dificuldades sociais que são cada vez mais evidentes. Não é por acaso que só num dia, o Governo informou o país que novas políticas sociais serão implementadas – subsídios de natalidade, subidas no abono de família e reforço das reformas dos idosos com maiores dificuldades económicas. Curioso é verificar que o ministro Vieira da Silva, quando questionado sobre os custos destas políticas, não foi capaz de esboçar sequer uma resposta. Na ânsia de atenuar a insatisfação crescente dos portugueses – que não se verifica apenas na área da Saúde –, o Governo apresentou sem grande preparação as novas políticas sociais.
Espera-se que, nos próximos meses, o actual Executivo intensifique políticas de cariz social, com a aparente intenção de combater a pobreza, mas também com propósitos eleitoralistas. E mais: se existir a mínima margem orçamental, é de esperar também uma redução dos impostos, mesmo que seja uma redução mais simbólica do que prática. De uma coisa podemos estar certos: as reformas prometidas, designadamente na área da Administração Pública ficarão, por enquanto, na gaveta. Outras prioridades emergem quando se tem os olhos postos nas próximas eleições legislativas, em 2009.
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