O Quénia era, até há bem pouco tempo, um país cujo modelo democrático inspirava outros países africanos e renovava as esperanças da comunidade internacional sobre o futuro do continente africano. Tudo mudou no espaço de alguns dias, depois do surgimento de suspeitas de irregularidades no processo eleitoral que culminou com a reeleição do Presidente Mwai Kibaki.
O resultado do processo eleitoral deu origem aos protestos do candidato alegadamente derrotado, Raila Odinga, e subsequentemente gerou uma vaga de violência preocupante. O incêndio de uma igreja que fez dezenas de mortos é o paradigma de um país outrora inspirador e exemplar e que agora caiu no caos e na violência mais abjecta.
A violência que se vive no Quénia tem uma génese política mas resvalou para o acentuar de diferenças étnicas. Relembre-se que uma multiplicidade de conflitos no continente africano – os mais brutais – têm como pano de fundo conflitos étnicos. O Ruanda será, porventura, o exemplo mais ignóbil desse tipo de violência. No Quénia a situação está a tomar proporções não muito longe da guerra civil. Com efeito, há registos de grupos de pessoas, de etnia luo, ligadas ao candidato derrotado, Odinga, que atacam populações kikuyu, afectas ao Presidente reeleito Kibaki.
De facto, o Quénia tem sido um país politicamente estável e cuja economia era uma das mais consolidadas do continente africano; tanto mais é assim que as instâncias supranacionais como é o caso do FMI e do Banco Mundial tinham um elevado grau de confiança neste país. A comunidade internacional tem manifestado a sua acentuada preocupação com a escalada de violência e com a possibilidade efectiva de uma guerra civil. Todos estamos recordados das atrocidades cometidas no Ruanda, no Congo, na Serra Leoa, etc. O incêndio da igreja que causou a morte a três dezenas de pessoas traz à memória outras atrocidades cometidas neste mesmo continente.
Os Estados Unidos e a União Europeia têm vindo a propor a formação de um governo de salvação nacional e um claro entendimento entre o Presidente reeleito e o seu adversário derrotado. O fim da contenda entre estes dois líderes quenianos é condição sine qua non para o apaziguar do próprio país. Espera-se, assim, que a comunidade internacional exerça pressões no sentido de serenar os ânimos dos candidatos em contenda e acabar consequentemente com a violência. Para isso é fundamental que se esclareça cabalmente o que aconteceu no processo eleitoral – observadores internacionais têm dúvidas quanto à transparência do processo –, e se for caso disso reequacionar um novo processo eleitoral, evitando erros de um passado recente. O que continente africano menos necessita é de um novo conflito étnico e político.
O resultado do processo eleitoral deu origem aos protestos do candidato alegadamente derrotado, Raila Odinga, e subsequentemente gerou uma vaga de violência preocupante. O incêndio de uma igreja que fez dezenas de mortos é o paradigma de um país outrora inspirador e exemplar e que agora caiu no caos e na violência mais abjecta.
A violência que se vive no Quénia tem uma génese política mas resvalou para o acentuar de diferenças étnicas. Relembre-se que uma multiplicidade de conflitos no continente africano – os mais brutais – têm como pano de fundo conflitos étnicos. O Ruanda será, porventura, o exemplo mais ignóbil desse tipo de violência. No Quénia a situação está a tomar proporções não muito longe da guerra civil. Com efeito, há registos de grupos de pessoas, de etnia luo, ligadas ao candidato derrotado, Odinga, que atacam populações kikuyu, afectas ao Presidente reeleito Kibaki.
De facto, o Quénia tem sido um país politicamente estável e cuja economia era uma das mais consolidadas do continente africano; tanto mais é assim que as instâncias supranacionais como é o caso do FMI e do Banco Mundial tinham um elevado grau de confiança neste país. A comunidade internacional tem manifestado a sua acentuada preocupação com a escalada de violência e com a possibilidade efectiva de uma guerra civil. Todos estamos recordados das atrocidades cometidas no Ruanda, no Congo, na Serra Leoa, etc. O incêndio da igreja que causou a morte a três dezenas de pessoas traz à memória outras atrocidades cometidas neste mesmo continente.
Os Estados Unidos e a União Europeia têm vindo a propor a formação de um governo de salvação nacional e um claro entendimento entre o Presidente reeleito e o seu adversário derrotado. O fim da contenda entre estes dois líderes quenianos é condição sine qua non para o apaziguar do próprio país. Espera-se, assim, que a comunidade internacional exerça pressões no sentido de serenar os ânimos dos candidatos em contenda e acabar consequentemente com a violência. Para isso é fundamental que se esclareça cabalmente o que aconteceu no processo eleitoral – observadores internacionais têm dúvidas quanto à transparência do processo –, e se for caso disso reequacionar um novo processo eleitoral, evitando erros de um passado recente. O que continente africano menos necessita é de um novo conflito étnico e político.
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