A saída de Correia de Campos da pasta da Saúde era já uma saída expectável. Não obstante as notícias que veiculam que foi o próprio ministro a pedir ao primeiro-ministro a exoneração de funções, a verdade é que já não existiam condições políticas para o ministro da Saúde manter-se no cargo.
O descontentamento que se generalizou relativamente às políticas da Saúde, atingindo proporções atípicas, dificilmente seria sustentável para o futuro do Executivo de José Sócrates. Dir-se-á que, apesar de tudo, existiu algum empolamento por parte da comunicação social da insatisfação dos portugueses em matéria de políticas de Saúde, mas a realidade parece indicar que poucos cidadãos entenderam as políticas do ministro para uma área de extraordinária sensibilidade.
Concretamente, seria difícil manter um ministro que era incessantemente acusado de falhar na condução das suas políticas. Seria difícil manter o ministro da Saúde quando praticamente todos os dias, nas últimas semanas, surgiam notícias de falhas nos serviços de saúde ou no socorro às vítimas. A isto acrescente-se a revolta de cidadãos que viram os serviços de saúde nas suas terras ser encerrados, e o zénite deste imbróglio não podia ser outro que não o afastamento do ministro.
A entrada de uma nova ministra poderá não se traduzir em resultados positivos para o Governo. Ora, as políticas serão exactamente as mesmas, o conteúdo provavelmente vai manter-se, mudando-se apenas o invólucro. É possível que a nova ministra tenha capacidades para explicar aos cidadãos a importância das suas políticas, outrora políticas do seu antecessor; contudo, mesmo que cessem estes episódios de erros com custos excessivos para a qualidade de vida, e para a própria vida, das pessoas, a irreversibilidade de uma política de contenção de despesa, alicerçada no encerramento de serviços e na aposta na melhoria de outros serviços é uma realidade insofismável.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, foi também exonerada de funções. A ministra estava à frente de uma pasta que interessa pouco à generalidade dos cidadãos, exceptuando naturalmente aqueles que são, de uma forma ou de outra, afectados pelas políticas do ministério. Esta remodelação diz muito pouco aos cidadãos. Todavia, e apesar da pouca visibilidade deste ministério, a ministra conseguiu a proeza de ter tido um evidente mau desempenho à frente desta pasta.
A remodelação do Governo fica aquém do que seria necessário. Aliás, o Governo vive muito da acção política do primeiro-ministro, do que dos seus ministros, manifestamente os elos mais fracos do actual Executivo. Exemplos de tibieza política não faltam: a começar na irascível e ultimamente desaparecida ministra da Educação, passando pelo inexistente ministro do Ambiente, passando ainda pela inércia do ministro da Justiça, e culminando nas trapalhadas do ministro das Obras Públicas.
O descontentamento que se generalizou relativamente às políticas da Saúde, atingindo proporções atípicas, dificilmente seria sustentável para o futuro do Executivo de José Sócrates. Dir-se-á que, apesar de tudo, existiu algum empolamento por parte da comunicação social da insatisfação dos portugueses em matéria de políticas de Saúde, mas a realidade parece indicar que poucos cidadãos entenderam as políticas do ministro para uma área de extraordinária sensibilidade.
Concretamente, seria difícil manter um ministro que era incessantemente acusado de falhar na condução das suas políticas. Seria difícil manter o ministro da Saúde quando praticamente todos os dias, nas últimas semanas, surgiam notícias de falhas nos serviços de saúde ou no socorro às vítimas. A isto acrescente-se a revolta de cidadãos que viram os serviços de saúde nas suas terras ser encerrados, e o zénite deste imbróglio não podia ser outro que não o afastamento do ministro.
A entrada de uma nova ministra poderá não se traduzir em resultados positivos para o Governo. Ora, as políticas serão exactamente as mesmas, o conteúdo provavelmente vai manter-se, mudando-se apenas o invólucro. É possível que a nova ministra tenha capacidades para explicar aos cidadãos a importância das suas políticas, outrora políticas do seu antecessor; contudo, mesmo que cessem estes episódios de erros com custos excessivos para a qualidade de vida, e para a própria vida, das pessoas, a irreversibilidade de uma política de contenção de despesa, alicerçada no encerramento de serviços e na aposta na melhoria de outros serviços é uma realidade insofismável.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, foi também exonerada de funções. A ministra estava à frente de uma pasta que interessa pouco à generalidade dos cidadãos, exceptuando naturalmente aqueles que são, de uma forma ou de outra, afectados pelas políticas do ministério. Esta remodelação diz muito pouco aos cidadãos. Todavia, e apesar da pouca visibilidade deste ministério, a ministra conseguiu a proeza de ter tido um evidente mau desempenho à frente desta pasta.
A remodelação do Governo fica aquém do que seria necessário. Aliás, o Governo vive muito da acção política do primeiro-ministro, do que dos seus ministros, manifestamente os elos mais fracos do actual Executivo. Exemplos de tibieza política não faltam: a começar na irascível e ultimamente desaparecida ministra da Educação, passando pelo inexistente ministro do Ambiente, passando ainda pela inércia do ministro da Justiça, e culminando nas trapalhadas do ministro das Obras Públicas.
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