A vida do primeiro-ministro tem vindo a complicar-se nas últimas semanas. Numa primeira fase o primeiro-ministro conseguiu ardilosamente contornar algumas dificuldades, designadamente a justificação da forma de ratificar o Tratado de Lisboa e a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa – depois de uma catadupa de imbecilidades proferidas por quem tinha responsabilidades sobre esta matéria de interesse estratégico para o país. Em suma, o primeiro-ministro teve um desempenho que lhe permitiu ultrapassar, sem grandes dificuldades, esses problemas.
Porém, estas últimas semanas foram pródigas em sinais negativos para o Governo. Por um lado, há que assinalar a sucessão de erros que se têm verificado na área da Saúde. O ministro tem vindo a terreiro justificar as suas políticas, acreditando piamente que tem os portugueses do seu lado, mas a verdade é que existe um indisfarçável sentimento de acentuada insatisfação relativamente aos encerramentos que se verificam na Saúde. Este descontentamento generalizado fragiliza o Governo. Aliás, tratando-se de uma área que está ligada ao bem-estar das populações, o Governo sai indelevelmente afectado com as políticas de encerramento da Saúde. Não obstante as tentativas do ministro de explicar a essência das políticas que o seu Executivo está a empreender, a verdade é que fica a sensação de que se trata apenas de parcimónia orçamental em detrimento do bem-estar dos cidadãos. De resto, a inabilidade do ministro em lidar com as críticas coloca novas dificuldades a um Governo que já viu melhores dias.
Por outro lado, o optimismo do Governo em matéria de crescimento económico parece longe de ser realista. Ora é a conjuntura internacional que não se coaduna com o optimismo pouco realista do Governo. A quase inevitabilidade da economia dos Estados Unidos entrar em recessão, a crise dos mercados financeiros e as dificuldades da economia espanhola terão inevitavelmente reflexos no crescimento da economia portuguesa. Além disso, a vida dos cidadãos não tem conhecido quaisquer maiorias – e depois de tantos sacrifícios, a paciência acaba invariavelmente por se esgotar.
É com este pano de fundo que o Governo vai certamente jogar os seus trunfos, antes das eleições legislativas de 2009. O maior trunfo é, está claro, os impostos - uma redução da carga fiscal agrada aos cidadãos e às empresas. Falta apenas saber se as contas públicas estão consolidadas de forma a permitir essa redução da carga fiscal. O que é facto é que o Executivo de José Sócrates não está habituado a contrariedades de peso, e com o aproximar das eleições legislativas, vai começar a operação de charme do Governo. Apesar de tudo, a ausência de oposição digna desse nome dá algum conforto ao actual Executivo.
Porém, estas últimas semanas foram pródigas em sinais negativos para o Governo. Por um lado, há que assinalar a sucessão de erros que se têm verificado na área da Saúde. O ministro tem vindo a terreiro justificar as suas políticas, acreditando piamente que tem os portugueses do seu lado, mas a verdade é que existe um indisfarçável sentimento de acentuada insatisfação relativamente aos encerramentos que se verificam na Saúde. Este descontentamento generalizado fragiliza o Governo. Aliás, tratando-se de uma área que está ligada ao bem-estar das populações, o Governo sai indelevelmente afectado com as políticas de encerramento da Saúde. Não obstante as tentativas do ministro de explicar a essência das políticas que o seu Executivo está a empreender, a verdade é que fica a sensação de que se trata apenas de parcimónia orçamental em detrimento do bem-estar dos cidadãos. De resto, a inabilidade do ministro em lidar com as críticas coloca novas dificuldades a um Governo que já viu melhores dias.
Por outro lado, o optimismo do Governo em matéria de crescimento económico parece longe de ser realista. Ora é a conjuntura internacional que não se coaduna com o optimismo pouco realista do Governo. A quase inevitabilidade da economia dos Estados Unidos entrar em recessão, a crise dos mercados financeiros e as dificuldades da economia espanhola terão inevitavelmente reflexos no crescimento da economia portuguesa. Além disso, a vida dos cidadãos não tem conhecido quaisquer maiorias – e depois de tantos sacrifícios, a paciência acaba invariavelmente por se esgotar.
É com este pano de fundo que o Governo vai certamente jogar os seus trunfos, antes das eleições legislativas de 2009. O maior trunfo é, está claro, os impostos - uma redução da carga fiscal agrada aos cidadãos e às empresas. Falta apenas saber se as contas públicas estão consolidadas de forma a permitir essa redução da carga fiscal. O que é facto é que o Executivo de José Sócrates não está habituado a contrariedades de peso, e com o aproximar das eleições legislativas, vai começar a operação de charme do Governo. Apesar de tudo, a ausência de oposição digna desse nome dá algum conforto ao actual Executivo.
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