Antes de mais importa salientar que a ordem mundial assente na hegemonia económica e tecnológica dos Estados Unidos tende a sofrer acentuadas alterações. Hoje é impensável falar-se em globalização e não se referir o papel preponderante de países como a China e a Índia, e em menor escala, mas de inegável importância, o Brasil, a Rússia, a África do Sul. Estes países têm conhecido um crescimento económico exponencial e há previsões para que, dentro de alguns anos, a China será o primeiro país a destronar os Estados Unidos, passando para primeira potência económica.
A globalização económica permitiu a países como a China e a Índia crescerem do ponto vista económico. Essa é seguramente um elemento a ter em conta quando se discute este fenómeno. Mas a globalização fez-se acompanhar pelo neoliberalismo que para muitos é uma panaceia global. Mesmo que esse neoliberalismo, assente em instâncias supranacionais como o FMI, degenere em fenómenos como o desemprego, a pobreza, ao consumismo desenfreado, e à mais do que evidente inexistência de um controlo financeiro eficaz. Aliás, a crise de hoje tanto se fala só é possível quando se verifica a falência de instituições que deveriam ser supostamente reguladoras.
Com efeito, os mercados financeiros mundiais vivem largamente à margem de qualquer controlo profícuo de autoridades internacionais. De resto, uma globalização das economias só é viável se existirem sistemas globais de supervisão e, antes de tudo, regras bem definidas.
Um dos efeitos indeléveis da globalização é a tibieza do Estado-Nação. E não há arauto do neoliberalismo que não pugne por um Estado mínimo que não se imiscua nas questões económicas. O mesmo é válido para as instâncias supranacionais que, para além de desajustadas – hoje a China e a Índia não são meros espectadores do que se passa nos mercados globais –, são, genericamente, inócuas.
Não se pretende defender um qualquer sistema paralelo à globalização, até porque, em abono da verdade, não há sequer quem advogue seriamente tal sistema. O que se pretende é sublinhar a importância de regulação eficaz deste fenómeno. Não pode ser aceitável que o sector financeiro americano tenha sido tão irresponsável na concessão de crédito – a crise do subprime é paradigmática dos perigos de se acreditar piamente no mercado e numa suposta auto-regulação.
O que é visível, particularmente em países tradicionalmente mais desenvolvidos, é que o retrocesso na vida dos cidadãos parece uma irreversibilidade. O desemprego, as incertezas que condicionam a vida de cada um e a exclusão social são fenómenos que grassam nessas sociedades. Paralelamente, a falta de rigor, a irresponsabilidade e a opacidade são, amiúde, características de uma quase ditadura dos mercados que é mal disfarçada pela complexidade de operações financeiras de toda a natureza.
A globalização económica permitiu a países como a China e a Índia crescerem do ponto vista económico. Essa é seguramente um elemento a ter em conta quando se discute este fenómeno. Mas a globalização fez-se acompanhar pelo neoliberalismo que para muitos é uma panaceia global. Mesmo que esse neoliberalismo, assente em instâncias supranacionais como o FMI, degenere em fenómenos como o desemprego, a pobreza, ao consumismo desenfreado, e à mais do que evidente inexistência de um controlo financeiro eficaz. Aliás, a crise de hoje tanto se fala só é possível quando se verifica a falência de instituições que deveriam ser supostamente reguladoras.
Com efeito, os mercados financeiros mundiais vivem largamente à margem de qualquer controlo profícuo de autoridades internacionais. De resto, uma globalização das economias só é viável se existirem sistemas globais de supervisão e, antes de tudo, regras bem definidas.
Um dos efeitos indeléveis da globalização é a tibieza do Estado-Nação. E não há arauto do neoliberalismo que não pugne por um Estado mínimo que não se imiscua nas questões económicas. O mesmo é válido para as instâncias supranacionais que, para além de desajustadas – hoje a China e a Índia não são meros espectadores do que se passa nos mercados globais –, são, genericamente, inócuas.
Não se pretende defender um qualquer sistema paralelo à globalização, até porque, em abono da verdade, não há sequer quem advogue seriamente tal sistema. O que se pretende é sublinhar a importância de regulação eficaz deste fenómeno. Não pode ser aceitável que o sector financeiro americano tenha sido tão irresponsável na concessão de crédito – a crise do subprime é paradigmática dos perigos de se acreditar piamente no mercado e numa suposta auto-regulação.
O que é visível, particularmente em países tradicionalmente mais desenvolvidos, é que o retrocesso na vida dos cidadãos parece uma irreversibilidade. O desemprego, as incertezas que condicionam a vida de cada um e a exclusão social são fenómenos que grassam nessas sociedades. Paralelamente, a falta de rigor, a irresponsabilidade e a opacidade são, amiúde, características de uma quase ditadura dos mercados que é mal disfarçada pela complexidade de operações financeiras de toda a natureza.
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