O Governo anunciou hoje que o aeroporto internacional de Lisboa se vai situar em Alcochete, na Margem Sul. Fica assim excluída a hipótese defendida intransigentemente pelo Governo – a Ota. O anúncio do Governo vem na sequência de várias intervenções da sociedade civil, designadamente através do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa; e finalmente o Laboratório de Engenharia Civil pronunciou-se sobre a localização do aeroporto internacional, chegando a conclusões mais favoráveis relativamente à localização em Alcochete. Consequentemente, o aeroporto vai localizar-se na freguesia de Canha, em Alcochete, e esta decisão poderá e deverá ter custos políticos para o ministro da tutela – Mário Lino.
Todo o processo sobre a localização do novo aeroporto foi inabilmente conduzido pelo Governo, em particular pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino. Já se sabia que se fosse escolhida a Ota, esta decisão seria olhada com manifesta desconfiança, tendo em conta a intransigência do Governo relativamente a essa localização, e os aspectos negativos dessa escolha; se fosse Alcochete – Margem Sul – a escolhida, isso poderia onerar a posição de Mário Lino. Relembre-se o rol de afirmações proferido pelo ministro que exultou o deserto da Margem Sul, que segundo Mário Lino, é desprovida de hospitais, hotéis, etc.
Ora, nestas circunstâncias, não restarão muitas alternativas ao primeiro-ministro – o afastamento do ministro das Obras Públicas parece ser uma inevitabilidade e já todos perceberam isso, resta agora o primeiro-ministro dar sequência a essas evidências.
Recorde-se a importância estratégica do novo aeroporto, recorde-se a teimosia desvairada do Governo em relação à Ota, recordem-se as trapalhadas do ministro das Obras Públicas e a inépcia que caracterizou a condução deste dossier da localização do aeroporto. O primeiro-ministro pode enfatizar que o LNEC indicou que tanto Alcochete como a Ota são viáveis, concluindo-se, no entanto, que Alcochete reúne mais condições favoráveis para a construção do novo aeroporto, mas o Governo deixou uma imagem de intransigência e de inabilidade na condução de todo este processo. Essa imagem tem custos políticos, o que se poderia traduzir na demissão do ministro da tutela. Será que vai começar agora a tão necessária remodelação do Executivo de José Sócrates? Ou será que a saída de Mário Lino do Governo, jamais, jamais?
Todo o processo sobre a localização do novo aeroporto foi inabilmente conduzido pelo Governo, em particular pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino. Já se sabia que se fosse escolhida a Ota, esta decisão seria olhada com manifesta desconfiança, tendo em conta a intransigência do Governo relativamente a essa localização, e os aspectos negativos dessa escolha; se fosse Alcochete – Margem Sul – a escolhida, isso poderia onerar a posição de Mário Lino. Relembre-se o rol de afirmações proferido pelo ministro que exultou o deserto da Margem Sul, que segundo Mário Lino, é desprovida de hospitais, hotéis, etc.
Ora, nestas circunstâncias, não restarão muitas alternativas ao primeiro-ministro – o afastamento do ministro das Obras Públicas parece ser uma inevitabilidade e já todos perceberam isso, resta agora o primeiro-ministro dar sequência a essas evidências.
Recorde-se a importância estratégica do novo aeroporto, recorde-se a teimosia desvairada do Governo em relação à Ota, recordem-se as trapalhadas do ministro das Obras Públicas e a inépcia que caracterizou a condução deste dossier da localização do aeroporto. O primeiro-ministro pode enfatizar que o LNEC indicou que tanto Alcochete como a Ota são viáveis, concluindo-se, no entanto, que Alcochete reúne mais condições favoráveis para a construção do novo aeroporto, mas o Governo deixou uma imagem de intransigência e de inabilidade na condução de todo este processo. Essa imagem tem custos políticos, o que se poderia traduzir na demissão do ministro da tutela. Será que vai começar agora a tão necessária remodelação do Executivo de José Sócrates? Ou será que a saída de Mário Lino do Governo, jamais, jamais?
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