O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, João Goulão, já veio desmentir que os postais que estão no centro da polémica tenham sido distribuídos em contexto escolar. Afinal, esses postais foram distribuídos na queima das fitas e nos festivais de Verão – eventos frequentados por jovens, alguns jovens em idade escolar, em particular nos festivais de Verão. Este esclarecimento do IDT serve apenas para escamotear a problemática em volta desta campanha. Os postais foram distribuídos num outro contexto, e pretende-se justificar o teor da campanha com o facto do público-alvo ser, supostamente, adulto. Ou seja, é perfeitamente normal fazer-se uma campanha antidroga, cujo público-alvo é alegadamente adulto, onde se dá informações sobre como consumir drogas. E não se percebe por que razão o presidente do IDT não desmentiu a queixa da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas quando foi questionado pela comunicação social sobre a polémica campanha antidroga.
Alguma coisa vai mal no IDT e no ministério que o tutela para acharem que esta situação se enquadra num contexto de normalidade. Já aqui tinha sido referida a tentativa de encapotar a questão recorrendo a todo o tipo de subterfúgios (no texto anterior). Ora, aparentemente a campanha é normal e aceitável pela simples razão de que lá fora isso é feito com relativa frequência. E se lá fora isso é feito, então é porque é aceitável, afinal, os outros países estão sempre muito à frente de nós nestas questões, e nós não temos outro remédio senão segui-los; e por outro lado, sempre tivemos o hábito de seguir, amiúde com espírito acrítico, o que se faz no estrangeiro, mesmo que seja contraproducente, este parece ser, pois, o raciocínio dos responsáveis do IDT.
Por conseguinte, é aceitável distribuir-se um conjunto de postais a jovens adultos (alegadamente), com informação preciosa sobre o que fazer e não fazer para consumir um determinado tipo de droga. Se não fosse uma situação séria, até daria vontade de rir.
No essencial, o que foi escrito no texto “Campanha antidroga?” mantém-se. Não se altera uma única linha do texto, um único argumento, nem tão-pouco se acha que a situação é aceitável porque afinal o público-alvo é alegadamente mais velho. Repudia-se esta campanha e lamenta-se profundamente o silêncio em volta destas questões. E já agora por que razão sempre que se fala do IDT acaba-se invariavelmente em polémicas? Algo vai mal no Instituto da Droga e Toxicodependência.
Alguma coisa vai mal no IDT e no ministério que o tutela para acharem que esta situação se enquadra num contexto de normalidade. Já aqui tinha sido referida a tentativa de encapotar a questão recorrendo a todo o tipo de subterfúgios (no texto anterior). Ora, aparentemente a campanha é normal e aceitável pela simples razão de que lá fora isso é feito com relativa frequência. E se lá fora isso é feito, então é porque é aceitável, afinal, os outros países estão sempre muito à frente de nós nestas questões, e nós não temos outro remédio senão segui-los; e por outro lado, sempre tivemos o hábito de seguir, amiúde com espírito acrítico, o que se faz no estrangeiro, mesmo que seja contraproducente, este parece ser, pois, o raciocínio dos responsáveis do IDT.
Por conseguinte, é aceitável distribuir-se um conjunto de postais a jovens adultos (alegadamente), com informação preciosa sobre o que fazer e não fazer para consumir um determinado tipo de droga. Se não fosse uma situação séria, até daria vontade de rir.
No essencial, o que foi escrito no texto “Campanha antidroga?” mantém-se. Não se altera uma única linha do texto, um único argumento, nem tão-pouco se acha que a situação é aceitável porque afinal o público-alvo é alegadamente mais velho. Repudia-se esta campanha e lamenta-se profundamente o silêncio em volta destas questões. E já agora por que razão sempre que se fala do IDT acaba-se invariavelmente em polémicas? Algo vai mal no Instituto da Droga e Toxicodependência.
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